Morar na Ilha dos Valadares, especialmente nos bairros 7 de Setembro e Itiberê, apresenta desafios significativos para quem depende de transporte. A distância até a Praça Cyro Abalém, onde se encontra a passarela de travessia, implica em longas caminhadas diárias para os moradores.
Ao longo dos anos,
foram feitas promessas de melhorias, como a instalação de bondinhos semelhantes
aos do Rio de Janeiro. No entanto, a ideia foi descartada sem explicações
claras. Propostas de trem e metrô também surgiram, mas acabaram se tornando
motivo de piada entre os moradores, que frequentemente riem da falta de
seriedade em projetos como o teleférico, que ligaria o continente à ilha.
A Ilha, que hoje abriga cerca de 30 mil habitantes, recebe apenas serviços básicos como coleta de lixo, pintura de meio-fio e limpeza de praças. Em conversas com moradores, a sugestão de implementar ônibus para conectar as extremidades da ilha, com ponto de chegada na passarela, foi bem recebida, mas levantou questionamentos sobre a viabilidade devido às condições precárias das ruas, muitas delas esburacadas, lamacentas ou com calçamento incompleto.
Antes de programar
um sistema de transporte público eficiente na Ilha dos Valadares, é essencial
priorizar as melhorias nas principais vias de acesso. Essa é a minha opinião
como morador, mas se surpreendam se um dia colocarem a disposição da população
esse meio de transporte só para dizer que foi fulano o primeiro a implantar essa
condição de acesso aos moradores.
Texto: Edye Venancio
Imagem para ilustrar a matéria
0 Comentários