Na manhã de
sexta-feira, o Teatro Raquel Costa, em Paranaguá, foi
palco de uma importante reunião preparatória para a adaptação das poligonais
das áreas dos portos organizados de Paranaguá e Antonina. O evento contou com a
presença de representantes de diversos setores, como imprensa nacional,
sindicatos, empresários, trabalhadores portuários, secretários de Estado,
deputados, senadores, prefeitos do litoral e a sociedade em geral. O principal
objetivo foi debater a expansão do porto e o aumento da movimentação de
produtos, com investimentos estimados em R$ 8 bilhões.
Leandro Klaus,
chefe da divisão comercial da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina
(APPA), foi o responsável pelo cerimonial, destacando autoridades e
personalidades presentes.
O deputado estadual Requião Filho enfatizou a necessidade de equilíbrio no debate, considerando tanto os aspectos econômicos quanto os impactos nos trabalhadores do porto. "É preciso adotar um modelo que contemple a todos", afirmou.
Já o superintendente da APPA, Luiz Henrique Dividino, destacou a importância da participação de toda a sociedade na discussão. Segundo ele, as mudanças seguem a legislação de 2013 e representam uma oportunidade para debate público.
O deputado federal João Arruda reforçou a importância de diálogo, com atenção especial às reivindicações dos sindicatos.
Para o Ministro dos Portos, Edson Araújo, o processo precisa ser democrático. Ele afirmou que até o final do ano será publicado um decreto sobre o tema e destacou a relevância de Paranaguá como referência econômica para o Brasil, exigindo uma nova logística para acompanhar o crescimento.
João Lozano,
presidente do Sindicato dos Estivadores de Paranaguá e Pontal do Paraná,
expressou preocupação com o desemprego que pode ser gerado pela implantação da
poligonal. "Esse é um fator que assusta os trabalhadores da região",
disse.
Em contrapartida, Lourenço Fregonese, diretor empresarial da APPA, defendeu a implantação da poligonal, argumentando que o aumento de investimentos trará mais empregos e benefícios para a cidade, o estado e o país.
O empresário Carlos Frizoli saudou os novos investimentos, mas ressaltou que é essencial ouvir todas as partes envolvidas, especialmente os trabalhadores portuários.
O senador Roberto Requião criticou a política de privatização adotada pelo governo federal, considerando-a contrária às tendências internacionais. Ele citou exemplos de portos privatizados na Inglaterra e Nova Zelândia que, segundo ele, não funcionam bem, e destacou que os portos americanos são públicos e administrados por autoridades portuárias.
A reunião destacou a importância do diálogo entre os diversos setores para garantir que a expansão dos portos seja feita de forma justa e equilibrada, preservando os interesses econômicos e sociais.
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