Nessa época do ano, com os ventos mais fortes, é comum a
prática de uma brincadeira muito tradicional entre as crianças e adolescentes,
que é a de empinar pipas. Porém, se certas regras não forem respeitadas,
acidentes podem acontecer.
É bem antiga a prática de empinar as pipas, que também
tem o nome de raia, arraia, papagaio, califa, pandora, quadrado e outros.
Foi
inventada pelos chineses como instrumento de guerra, servindo inicialmente para
alertar os batalhões chineses quanto à presença de exércitos inimigos na grande
muralha.
O brinquedo é bem simples e popular (é comum em qualquer
cidade ou bairro ver inúmeros no céu), feito de varas de bambu e papel de seda,
que, unido a uma rabiola, de papel ou de plástico, perambula pelo céu, fixada
no cabresto por uma linha resistente ou barbante.
Quando a pipa está com sua linha ao natural ela apresenta perigos maiores para as crianças que estão brincando, pois exige que ao brincar, o olhar e a atenção estejam voltados para o alto, e um segundo de distração pode gerar um acidente, como cair de lugares altos (árvores, muros, casas, torres) e atravessar na frente dos carros e serem atropeladas.
Mas há uma maneira dessa brincadeira se tornar ainda mais
perigosa: é a pratica de colocar cerol (mistura geralmente de cola com vidro em
pó ou finos de metais) na linha para a linha ficar cortante e derrubar as
demais pipas.
A prática de aplicar cerol à linha pode transformá-la em uma arma letal, caso corte, por exemplo, o pescoço de um motoqueiro ou ciclista. Também há o risco de cortes do próprio “empinador” do brinquedo se cortar e das pessoas que correm e disputam quem pegará as pipas desprendidas das linhas que caem.
Mas os perigos do uso do cerol não se limitam a cortar
alguém na rua. O cerol também é um condutor de energia e se a linha pega na
rede elétrica, a pessoa que está empinando a pipa pode morrer eletrocutada. Com
o pó metálico é ainda pior.
Para brincar tranquilo, sem o perigo de ferir alguém, só
com barbante de algodão. Nem os fios de nylon (de pesca) são indicados, pois
corta tanto ou mais que o próprio cerol.
Para
uma maior segurança da prática da brincadeira, o Corpo de Bombeiros dá algumas
dicas:
Nunca soltar pipa perto de antenas, postes e fios
elétricos, porque podem se machucar seriamente;
Preferir locais abertos como parques ou campos;
Nunca empinar pipas em lugares altos, como telhados ou
lajes. De tanto olhar para cima, a criança pode tropeçar e cair;
Brincar de soltar pipa em dias de chuva é muito perigoso
devido aos raios. Só faça isso quando o tempo estiver bom;
Jamais utilize linha metálica, como fio de cobre de
bobinas;
Também não faça pipas com papel laminado porque o risco
de choque elétrico é grande;
Tente soltar pipa sem rabiola, como as arraias. Na
maioria dos casos, a pipa prende no fio por causa da rabiola;
Se a pipa enroscar em fios, não tente tirá-la. É melhor
fazer outra. Nunca use canos, vergalhões ou bambus;
Ao correr atrás das pipas, muito cuidado com o trânsito.
Tenha atenção especial com os motociclistas e ciclistas. A linha da pipa pode
ser perigosa para eles.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Corpo de Bombeiros
Militar (ES) - fotos internet
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