O desemprego no Brasil subiu a 8,3% no segundo trimestre de 2015, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) . Ele é maior tanto na comparação com o primeiro trimestre de 2015 (7,9%), quanto com o segundo trimestre de 2014 (6,8%), e é a maior taxa da série histórica, que começou em 2012.
O número de desempregados foi estimado em 8,4 milhões de pessoas, subindo 5,3% em relação ao primeiro trimestre de 2015 e 23,5% na comparação com o segundo trimestre de 2014. A população com trabalho foi estimada em 92,2 milhões, ficando estável nas duas comparações, segundo o instituto.
Os dados fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua e foram divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (25). Ela leva em conta dados de 211.344 domicílios particulares permanentes distribuídos em cerca de 3.500 municípios.
O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.
Em um ano, desemprego subiu em todas as regiões
No segundo trimestre de 2015, frente ao mesmo período de 2014, o desemprego cresceu em todas as regiões: Norte (de 7,2% para 8,5%), Nordeste (de 8,8% para 10,3%), Sudeste (de 6,9% para 8,3%), Sul (de 4,1% para 5,5%) e Centro-Oeste (de 5,6% para 7,4%).
Entre os Estados, mais o Distrito Federal, Bahia teve a maior taxa (12,7%) e Santa Catarina, a menor (3,9%).
Número de carteiras e renda ficaram estáveis
Segundo o IBGE, 78,1% dos empregados no setor privado têm carteira de trabalho assinada. O rendimento médio real (ajustado pela inflação) do trabalhador foi estimado em R$ 1.882.
Esses dados permaneceram estáveis nas comparações anual e mensal, de acordo com o instituto.
Em outra pesquisa, desemprego subiu a 7,5% em julho
Além da Pnad Contínua, o IBGE divulga a PME (Pesquisa Mensal de Emprego), com dados mensais do mercado de trabalho. Ela é baseada em seis regiões metropolitanas do Brasil: Recife, Belo Horizonte, São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
Na última, com o resultado de julho e divulgada na semana passada, o desemprego subiu a 7,5%, o maior para o mês em seis anos.
Julho teve corte de vagas
Na semana passada, o Ministério do Trabalho divulgou que o mês de julho tevecorte de 157.905 vagas com carteira de trabalho assinada, o pior julho desde 1992.
No ano, de janeiro a julho, o Brasil perdeu 494.386 empregos com carteira assinada, segundo o Ministério.
Fonte: uol
Foto: Apenas para ilustrar a matéria
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