Dezenas de
pessoas trabalharam como voluntários, no último final de semana, em Paranaguá,
para minimizar os danos e agilizar o combate ao incêndio ocorrido em um armazém
de 10 mil metros quadrados, de propriedade da empresa Martini Meat, localizado
às margens da BR-277.
A
mobilização de 44 pessoas aconteceu por meio do Plano de Ajuda Mútua (PAM),
implementado pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, em 2014.

O
trabalho dos 36 integrantes do Corpo de Bombeiros envolvidos no atendimento -
que se estendeu ao longo de todo o final de semana - contou com o esforço de
brigadistas que integram o PAM. “Todos os envolvidos pelo plano de ajuda mútua
foram muito importantes para que pudéssemos minimizar os danos do incêndio”,
explica a tenente do 8º Agrupamento de Bombeiros de Paranaguá, Virgínia Maria
Turra.
O Plano
de Ajuda Mútua é composto por 28 empresas que operam terminais no Porto de
Paranaguá – incluindo importadores, exportadores, empresas que fazem
armazenamento de grãos e que atuam em todos os ramos da operação portuária. Em
caso de acidentes com vítimas, acidentes ambientais, vazamentos de produto
químico perigoso, incêndio ou explosões, é acionado em primeiro lugar o Corpo
de Bombeiros e, na sequência, os brigadistas das empresas signatárias ao Plano.
Nesta ocasião, as empresas prestaram ajuda fornecendo água, voluntários e
equipamentos.
‘“Muitas
pessoas se mobilizaram e trabalharam por horas a fio, às vezes até se
arriscando, para tentar controlar a situação. Este esforço tem o nosso
reconhecimento e foi determinante para que o incêndio fosse combatido da melhor
maneira possível”, afirma o diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino.
CORPO DE
BOMBEIROS - Somente do Corpo de Bombeiros foram envolvidas 36 pessoas e seis
caminhões no atendimento ao incêndio. “Contamos com o apoio de bombeiros de
outras cidades e dos envolvidos pelo Plano de Ajuda Mútua. Todos contribuíram
para que pudéssemos minimizar os danos do incêndio”, explica a tenente Virgínia
Maria Turra. Os oficiais dos bombeiros deixaram o local somente na manhã de
terça-feira (08), quando a situação já estava totalmente controlada.
O
responsável pela Segurança do Trabalho da empresa Martini Meat, onde o incêndio
ocorreu, Ewerton Martins da Silva, conta que a resposta dos integrantes do PAM
foi muito rápida. “Em poucos minutos brigadistas começaram a nos fornecer água
para combate o fogo e para hidratação dos profissionais”, relembra.
Ao todo,
nove carros-pipa foram cedidos pelos participantes do plano de ajuda. As
empresas forneceram mais e 1,5 milhão de litros de água para a ação. As
empresas que auxiliaram na ocorrência também forneceram canhões-monitores
(caminhões que fazem o despejo de água sobre o fogo), equipamentos para
movimentação de contêineres, espuma química para contenção do fogo e dezenas de
brigadistas.
Segundo o
diretor comercial da Martini Meat, Marcelo Ostrowski, o esforço de todos
envolvidos pelo PAM garantiu que não houvesse feridos e que os outros armazéns
da empresa fossem preservados. “O trabalho de muita gente, dia e noite, foi de
um valor inestimável”, afirma.
O
Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) foi uma das empresas que participou
de todo o processo de atendimento ao acidente. O TCP mobilizou um caminhão
próprio de combate ao fogo e mais 15 brigadistas para auxiliar no combate ao
incêndio. “Se um acidente destes tivesse acontecido antes da existência do PAM,
a resposta seria mais lenta e desordenada”, avalia o engenheiro responsável
pela Segurança do Trabalho do TCP, Lúcio Flores. Também foram acionadas pelo
Plano de Auxílio Mútuo para a ocorrência a Appa, BRF, Pasa, Rocha e Cattalini,
representadas pelos seus brigadistas.
FUNCIONAMENTO
do PAM - Para o pleno funcionamento do plano, a Administração dos Portos de
Paranaguá e Antonina promove periodicamente reuniões, treinamentos e eventos
simulados para testar desde a comunicação até a logística e atendimento as
emergências.
“A
criação do Plano foi um marco para a comunidade portuária e para a cidade de
Paranaguá, proporcionando maior eficiência e segurança no atendimento às
emergências”, enfatiza o engenheiro ambiental e de segurança da Appa, Bruno da
Silveira Guimaraes.
Segundo
ele, fatalidades como esta ocorrida na Martini Meat, também possibilitam uma
análise da eficiência do Plano, possibilitando uma análise crítica do trabalho
desenvolvido.
“Após a
realização de simulados ou emergências reais nos reunimos para identificar
possíveis falhas e causas, com o intuito de intensificar as ações positivas e
corrigir os pontos fracos”, disse Bruno.
Em abril
deste ano, foi realizado o 1º Simulado Prático para Prevenção de Acidentes em
Terminais Líquidos para atendimento e resposta rápida para um eventual acidente
de incêndio ou explosão, realizado na sede da empresa Cattalini.
Fonte: APPA
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