A prisão do primeiro senador no exercício do mandato desde a
redemocratização ainda constrange o Senado. Mas Delcídio do Amaral (PT-MS) está
longe de ser o único com problemas na Justiça. De cada dez senadores, quatro
estão sob investigação no Supremo Tribunal Federal (STF). Dos 81 integrantes da
Casa, pelo menos 31 respondem a inquérito ou ação penal na mais alta corte do
país. Quase metade dos investigados representa o PMDB e o PT. Juntos, esses
dois partidos têm 14 nomes na lista dos senadores sob algum tipo de acusação
criminal. Os dados são de levantamento feito com exclusividade pelo Congresso
em Foco. Dois dos três senadores do Paraná tem processo: Gleisi Hoffmann (PT) e
Roberto Requião (PMDB).
Gleisi é
investigada no Inquérito 3979, por lavagem de dinheiro e corrupção passiva, da
Operação Lava Jato. O doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo
Roberto Costa citaram a senadora em seus depoimentos. O doleiro disse que
repassou R$ 1 milhão à campanha de Gleisi ao Senado em 2010, por meio de um
empresário. Paulo Roberto também deu declaração semelhante. “Não temo a
investigação e terei condições de provar que nada tenho com este esquema que
atacou a Petrobras. Não conheço e jamais mantive contato com Paulo Roberto
Costa e Alberto Youssef”, assegura a senadora. Ainda é alvo do Inquérito 4130
(investigação penal).
Requião
é investigado no Inquérito 3526 por calúnia e difamação. O autor da denúncia é
Nelson Pessuti, irmão de Orlando Pessuti, que foi vice de Requião quando o
peemedebista era governador do Paraná. O senador explica que se manifestou nas
redes sociais acerca de denúncias de desvio de recursos na imprensa oficial do
estado do Paraná. “A representação foi feita por um terceiro, que se sentiu
atingido com a notícia. As ações cíveis já foram julgadas e vencidas pelo
senador”, afirma a assessoria de Requião.
Fonte: Bem Paraná
Foto: dompizablog
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