Os comerciantes da Ilha do
Mel, que faz parte do município de Paranaguá, se reuniram nesta quinta-feira
(7) com representantes do Corpo de Bombeiros, do Instituto Ambiental do Paraná
(IAP) e da Prefeitura de Paranaguá para buscar uma solução contra possíveis
incêndios na comunidade e sensibilizar os moradores sobre a questão, que se
tornou um problema no local. Na madrugada do dia 31 de dezembro, o dono de uma
pousada morreu
carbonizado em um incêndio na Ilha.
A ideia inicial dos
comerciantes é criar um plano de ação e formar um PAN – Plano de Ajuda Mútua na
ilha – da mesma forma como o plano funciona em grandes indústrias na Cidade
Industrial de Curitiba. Ao ser constituído, o documento contará com uma lista
de estabelecimentos que assinam e se comprometem a atuar em caso de incêndios
no local.
De acordo com
Eziquiel Siqueira, comandante do Corpo de Bombeiros de Paranaguá, o PAN é
formado por um três elementos básicos: o kit mínimo para a atuação, o
treinamento dos moradores e pontos de hidrante capazes de fornecer a pressão
necessária para apagar o fogo. “Este plano ajudaria a preservar o local, já que
os bombeiros não conseguem chegar com a rapidez necessária no caso de uma
emergência”, disse. “O comprometimento da população é necessário para evitar
incêndios de grandes proporções na Ilha”, explica.
Como funciona
Com o PAN
formalizado, os moradores e comerciantes passariam por treinamento de
capacitação para agir no momento de uma emergência e cada grupo teria um kit de
materiais como mangueiras, roupas especiais e capacetes para utilizar no caso
de um incêndio. Dessa forma, o local estaria mais protegido.
Os comerciantes e
moradores devem voltar a se reunir após a temporada para discutir o plano de
ação. Uma nova reunião foi marcada para 18 de fevereiro, com a presença de
representantes da Prefeitura de Paranaguá, do Instituto Ambiental do Paraná
(IAP) e também do Corpo de Bombeiros para mapear a área e tentar formalizar o
PAN.
João Lino de Oliveira
é dono de uma pousada na Ilha do Mel e afirma que os comerciantes têm que se
unir para evitar que outros acidentes aconteçam no local. “Nos outros incêndios
que aconteceram aqui – com exceção do que foi registrado no dia 31 – , tivemos
muita sorte. Mas não dá para contar com a sorte sempre”.
Fonte: Gazeta do Povo
0 Comentários