O Corpo de Bombeiros, durante o “Verão Paraná 2015/2016”, atuou nas Costas Leste, Oeste e Norte do Paraná em diversas ações como salvamentos, busca e resgate e buscas por pessoas desaparecidas. Do dia 23 de dezembro de 2015 até o dia 10 de fevereiro, os bombeiros fizeram 905 salvamentos, 62.930 orientações, 35.149 advertências e 14.064 atendimentos a pessoas com queimaduras por água-viva. Também foram localizadas 475 crianças perdidas (todas encontradas), 08 óbitos, 26.575 pulseirinhas de identificação distribuídas em todo o estado. Os dados constam no relatório final do Verão Paraná, divulgados nesta terça-feira (16/02).
“A missão foi cumprida, o Corpo de Bombeiros cumpriu com o trabalho que se propôs a fazer, que foi justamente garantir a segurança da população tanto no litoral quanto nos balneários de água doce em Curitiba e em todo o estado. Salvamos muitas vidas, oferecemos muita proteção. Conseguimos atingir nosso objetivo”, avalia o Comandante do Corpo de Bombeiros do Paraná, coronel Juceli Simiano Junior.
“Mesmo com todas as dificuldades, conseguimos prestar o serviço com qualidade no mesmo padrão apresentado nas temporadas anteriores. Otimizamos o efetivo e, com o apoio do Governo do Estado, Casa Militar, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, recebemos quadricíclos que auxiliaram na abrangência da área litorânea por meio de um patrulhamento tático. Com esses veículos, tivemos mais agilidade e velocidade na chegada ao local de ocorrências”, disse o Comandante do 8º Grupamento de Bombeiros (8º GB), tenente-coronel Paulo Henrique de Souza.
Somente no litoral, os bombeiros militares fizeram 885 salvamentos, 56.157 orientações, 31.510 advertências, encontraram 468 crianças perdidas, distribuíram 26.575 pulseirinhas de identificação e atenderam 14.064 situações de queimaduras por água-viva. Também foram registrados oito óbitos por afogamento (três em Guaratuba, três em Morretes, um na Ilha do Mel e o último em Pontal do Paraná). No interior, o Corpo de Bombeiros fez 20 salvamentos, 6.773 orientações, 3.639 advertências e encontrou sete crianças perdidas.
No período de Carnaval, entre sexta-feira (05/02) e terça-feira (09/02), houve 58 salvamentos, dois óbitos, 79 crianças perdidas e 2 mil casos de queimaduras por água-viva, em todo o estado. As ocorrências de óbito, queimaduras e crianças perdidas ocorreram no litoral, onde também foram contabilizados 54 salvamentos. “Mesmo com maior número de banhistas, os casos de crianças perdidas diminuíram, evidenciando que os pais tiveram mais atenção com seus filhos” destacou o capitão Fernando Tratch, porta-voz do Corpo de Bombeiros no Verão Paraná 2015/2016.
Em relação a maior incidência de queimaduras por água-viva, o capitão detalhou dois fatores que contribuíram para o índice. “Deve-se à temperatura quente da água, pois esses animais procuram o litoral para reproduzir-se. A maioria dos incidentes atendidos pelos bombeiros foram queimaduras leves, ocasionadas por filhotes. Os deslocamentos de correntes marítimas também influenciaram no aumento dos casos”, explicou o capitão Tratch.
SURF-SALVA - Nesta temporada, o projeto Surf Salva capacitou dezenas de surfistas moradores das comunidades litorâneas sobre a prevenção ao afogamento. “Todo o ano temos realizado esse projeto, no início de março mais uma turma será formada, pois todo esse pessoal capacitado é da comunidade local e vai nos ajudar não somente na prevenção do afogamento durante a prática do surf, mas também são agentes multiplicadores de conhecimento. Esse incidente é 100% passível de ser evitado e o Surf-Salva tem ampliado a conscientização sobre o afogamento”, disse o tenente-coronel Paulo.
SATISFAÇÃO – Essas ações dos bombeiros geraram satisfação nos veranistas, como é o caso do Fábio Ribas, que estava com a família em Matinhos (PR) e durante os dias de descanso no litoral, sua sobrinha sofreu uma queimadura por água-viva na perna. “Os bombeiros foram muito atenciosos e rapidamente aplicaram os procedimentos de limpeza e tratamento da ferida. Eles são muito atentos e sempre observam as pessoas que estão na água. Acompanhamos ainda o trabalho deles no salvamento de uma menina e foram muito eficientes”, destacou.
Depois do susto, a família agora sempre fica próxima a um posto de Guarda-Vidas. “Nosso apartamento fica aqui na frente e a gente sempre fica perto dos bombeiros, pois é mais seguro”, apontou. O atendimento à sobrinha de Ribas soma-se aos 14 mil incidentes de queimaduras por água-viva que o Corpo de Bombeiros atendeu em todo o litoral paranaense desde o dia 19 de dezembro do ano passado até esta terça-feira (09/02).
Outra família que está sempre próximo aos profissionais de emergência na areia da praia é a da Camila Fernandes Oliveira, que veio de Londrina (PR) para passar o fim de semana no litoral. Uma distração com a filha de 4 anos a fez perceber a importância do uso da pulseirinha de identificação, que é distribuída gratuitamente na orla marítima.
“Fiquei um pouco distante da equipe dos Guarda-Vidas e numa distração perdi minha filha. Os bombeiros me ajudaram e logo a encontrei, recebi orientações e eles me instruíram como proceder quando caso aconteça novamente. Nessa situação minha filha estava sem a pulseirinha, mas agora sei da importância que é ter essa identificação”, falou.
Camila também elogiou a postura dos Guarda-Vidas que atuaram no litoral. “Todos são atenciosos com as pessoas e também muito atentos com os banhistas que estão no mar”, salientou. Durante o “Verão Paraná 2015/2016”, o Corpo de Bombeiros auxiliou em 474 ocorrências de crianças perdidas, quase todas ocorridas nas praias paranaenses.
Outra cidadã que enalteceu o trabalho do Corpo de Bombeiros foi Iones Rodrigues, de 50 anos, que quando precisou do atendimento de uma equipe, foi prontamente assistida. “Estou com minha família passando o fim de semana e um dos meus filhos tem miopia e quando ele entrou no mar, uma onda levou os óculos dele. Por iniciativa dele, viemos até o posto do Corpo de Bombeiros para ver se alguém tinha encontrado. Um bombeiro prontamente nos atendeu e rapidamente encontrou os óculos entre os achados e perdidos”, contou.
Por Marcia Santos
Jornalista PMPR
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