A
radiação eletromagnética proveniente de antenas repetidoras de telefonia
celular é a mesma daquela emitida pelos telefones móveis, de acordo com as
frequências de operações de cada modelo de aparelho. A intensidade da radiação não é proporcional a uma distância mais curta. Isso ocorre por causa das placas refletoras, que atuam como lentes ópticas convergentes, que servem para dirigir as emissões nas direções requeridas para a transmissão dos sinais, mantendo a eficiência energética do procedimento.
Estudos epidemiológicos demonstraram que a "proporção do
desenvolvimento de novos tipos de câncer foi significativamente mais alta
naqueles pacientes que haviam vivido nos 10 anos anteriores a uma distância de
até 400 metros de uma antena transmissora, que havia operado desde 1993",
destaca o estudo.
Investigações realizadas no Brasil relacionaram as mortes por
neoplasia com a proximidade das antenas repetidoras em Belo Horizonte.
"Entre 1996 e 2006, 7.191 mortes por neoplasia ocorreram em uma área a 500
metros das antenas repetidoras". Isso significou uma taxa de mortalidade
de 34,76 por 10 mil habitantes. Em contrapartida, fora dessa zona,
"observou-se uma menor taxa de mortalidade por neoplasia".
Outro estudo vem de Israel, onde se demonstrou epidemiologicamente
que a incidência de câncer em habitantes de Netanya, que residem a menos de 350
metros de uma antena repetidora de telefonia móvel, é 4,15 vezes maior em
comparação a residentes que habitam áreas mais distantes da antena.
Em uma análise dos sintomas de um grupo com mais de 200
residentes que viviam próximos a antenas, comparado com outro que não estava
exposto, notou-se que a 300 metros de distância, ou até mais, as pessoas eram
afetadas por cansaço. Outros que viviam em uma área a 200 metros de distância
sentiam também sintomas como cefaleias, perturbação do sono e mal-estar
generalizado.
Aqueles que viviam até 100 metros de distância das antenas
sofriam com irritabilidade, depressão, perda de memória, enjoos, diminuição da
libido, entre outros sintomas.
"Esse foi o primeiro estudo que demonstrou que a distância
mínima de instalação de antenas deve ser superior a 300 metros de locais
habitáveis", disse o Dr. Tchernitchin.
Experimentos em ratos em que foi aplicada radiação similar
demonstraram afetar a mobilidade dos espermatozoides de modo significativo.
No informativo, o Dr. Tchernitchin descreve também "uma
nova entidade patológica, a hipersensibilidade à radiação eletromagnética, que
reúne todos esses sintomas como cefaleias intensas, perda da capacidade de
concentração, depressão, entre outros sintomas, que causam frequentemente uma
deterioração das atividades ocupacionais".
Resumindo os resultados dessas pesquisas é possível dizer que:
1) Pessoas que vivem a menos de 300 m de antenas repetidoras de
telefonia celular têm até 80% a mais de chances de desenvolver algum tipo de
tumor;
2) O uso incorreto do celular e a instalação inadequada das
torres repetidoras de celular dentro das cidades, pode provocar efeitos nocivos
à saúde das pessoas entre 10 e 20 anos de exposição à radiação;
3) Quanto mais próximo a pessoa residir de uma torre de
telefonia celular, maiores são os impactos causados à saúde;
4) O ideal seria que as torres de telefonia móvel fossem
instaladas a mais de 300 metros de distância, e fora das cidades, sendo
que num raio de 300 metros não devem existir habitações.
Referência bibliográficas e Rodrigo Cézar Limeira
Rodrigo Cézar Limeira é Formado em Física pela Faculdade Chaffic
- São Paulo/SP - 2012, e é o Físico Responsável pelo Museu de Eletricidade da
Energisa em Sousa-PB;
*Também é formado em Meteorologia pela UFCG - Campina Grande/PB
- 2006;
*Mestre em Meteorologia pela UFCG - Campina Grande/PB - 2008;
* Escritor (poeta) colunista
do Portal maispatos.com, titular da Cadeira 483 da AVBL - Academia Virtual
Brasileira de Letras, Titular da Cadeira 90 do Clube dos Escritores Piracicaba,
Titular da Cadeira 22 da Academia Patoense de Letras, tem poesias publicadas em
54 antologias literárias e premiadas em 64 concursos literários, além de
integrar inúmeros sites de entidades literárias. É também autor de 33 artigos
científicos, tendo sido pesquisador bolsista do Cnpq durante 05 anos.
Aparelhos celulares - Radiação e perigos à saúde
Devido ao enorme aumento de aparelhos celulares em todo o mundo
há a preocupação de que sua radiação possa apresentar perigos à saúde. Isso
porque aparelhos celulares usam onda eletromagnéticas na faixa de microondas.
Essa preocupação induziu algumas pesquisas. A Organização Mundial de Saúde
conclui que danos sérios à saúde são bastante improváveis de acontecer devido
aos aparelhos celulares e suas estações.
Porém, algumas nações - como Áustria, Alemanha e Suécia -
recomendam aos seus cidadãos que minimizem os riscos da radiação ao:
* Usar "hands-free" ou viva-voz para diminuir a radiação na cabeça.
* Manter o aparelho celular longe do corpo.
* Não usar o aparelho celular dentro do carro sem uma antena externa.
Parte das ondas de rádio emitidas por um aparelho celular é
absorvida pela cabeça. As ondas de rádio emitidas por um aparelho celular GSM
pode ter um pico de 2 watts, enquanto um telefone analógico pode transmitir até
3,6 watts. Outras tecnologias, como CDMA e TDMA, liberam ainda menos,
tipicamente abaixo de 1 watt. A força máxima liberada por uma parelho celular é
controlada por agências regulatórias de cada país.
Efeitos termais dos aparelhos celulares
Um efeito bem conhecido da radiação de microondas é o
aquecimento dielétrico, no qual qualquer material dielétrico (como um tecido
vivo) é aquecido pela rotação das moléculas induzidas pelo campo
eletromagnético. No caso de uma pessoa usando um aparelho celular, a maior
parte do efeito de aquecimento ocorrerá na superfície da cabeça, fazendo com
que sua temperatura eleve-se por uma fração de grau. Nesse caso, o nível de
elevação da temperatura é de uma ordem de magnitude menor do que o obtido pela
exposição direta da cabeça à luz solar. A circulação sanguínea no cérebro é
capaz de regular o excesso de calor ao elevar o fluxo sanguíneo no local.
Porém, a córnea do olho não tem esse mecanismo de regulação de temperatura.
Cataratas prematuras são conhecidas como uma doença ocupacional de engenheiros
que trabalham em transmissores de rádio de alta potência. Entretanto, não foi
relacionada a incidência de catarata com o uso de aparelhos celulares,
possivelmente devido à baixa potência destes.
Tem sido defendido que algumas partes da cabeça são mais
sensíveis a danos da elevação de temperatura, particularmente as fibras
nervosas. Resultados mais recentes de uma equipe científica sueca no Karolinska
Institute têm sugerido que o uso contínuo de aparelho celular por mais de 10
anos acarretaria em um pequeno aumento na probabilidade de desenvolver neuroma
acústico, um tipo de tumor cerebral benigno. Essa elevação na probabilidade não
foi notada naqueles que usaram celulares por menos de 10 anos.
Efeitos genotóxicos dos aparelhos celulares
Pesquisa grega do final de 2006 encontrou relação entre a
radiação de aparelhos celulares de danos ao DNA. Em dezembro de 2004 um estudo
Pan-Europeu chamado REFLEX, que envolveu 12 laboratórios de vários países,
mostrou algumas evidências de dano ao DNA de células em culturas in vitro
quando expostas a de 0,3 a 2 watts/kg. Houve indicadores, porém não evidência
rigorosa de outras alterações celulares como dano a cromossomos, alterações na
atividade de certos genes e elevação na taxa da divisão celular.
Aparelhos celulares e câncer
Em 2006 foi publicado um grande estudo dinamarquês sobre a
relação entre o uso de aparelho celular e câncer. O estudo acompanhou mais de
420 mil dinamarqueses por mais de 20 anos e não encontrou elevação no risco de
câncer.
Outros estudos de mais de 10 anos que investigaram a relação
entre o uso de aparelho celular e câncer:
* Estudo sueco de 2005 concluiu: "os dados não dão suporte à hipóteses que
o uso de aparelho celular está relacionado ao aumento do risco de glioma ou
meningioma".
* Estudo britânico de 2005 conclui que: "não há risco substancial de
neuroma acústico na primeira década de uso dos aparelhos celulares".
* Estudo alemão de 2006 declarou que "não foi observado elevação de risco
de glioma ou meningioma entre usuários de aparelhos celulares, porém estudos de
mais longo prazo precisam ser feitos para confirmar a conclusão".
VEJA MAIS
Proteção frente às torres de telefonia celular
Precisamos evitar a instalação de torres de telefonia celular a
menos de 300m de áreas em que vivem grupos sensíveis devido a sua idade ou ao
seu estado de saúde.
Nos locais habitados, a densidade de potência em
hiperfreqüências não deve ultrapassar 0,1 mW/cm2 (ou seja, 0,6 V/m).
Uma torre de telefonia celular só deve ser instalada após
informação da população local e um consenso entre a população, as autoridades e
o pessoal de saúde.
Após a implantação de uma torre de telefonia celular, é
importante que haja um controle regular da poluição eletromagnética do meio
ambiente, bem como levantamentos do estado de saúde das pessoas expostas.
No meio urbano, as áreas onde a exposição às hiperfreqüências é
mais intensa deve haver cartazes e sinais apropriados.
Ao tratar as pessoas expostas de modo crônico às ondas
eletromagnéticas geradas pelas torres de telefonia celular, o médico precisa
estar atento a certos sintomas: síndrome das microondas, fadiga ocular,
problemas auditivos, depressão, fracasso de tratamentos médicos, envelhecimento
acelerado de certas funções fisiológicas, aceleração de processos tumorais,
aparecimento de doenças neurodegenerativas, diminuição da libido...
Um acompanhamento médico específico e regular deve ser adotado
para os trabalhadores encarregados da manutenção das torres de telefonia
celular, principalmente se eles atuarem quando as torres estiverem em operação
(o que acontece na maioria dos casos), provocando uma exposição em campo
próximo.
Proteção no uso do telefone celular
O usuário de telefone celular deve tomar diversos cuidados como
medida de prevenção, devido a sua exposição em campo próximo:
- usar o telefone celular, de preferência, em condições de boa
transmissão dos sinais com as torres para utilizar apenas o mínimo de potência
útil;
- em espaços abertos, certos fenômenos meteorológicos (chuva, neblina, neve...)
são desfavoráveis à transmissão das mensagens e requerem uma potência útil mais
elevada durante a comunicação;
- em espaços fechados, convém evitar o uso do celular em subsolos,
estacionamentos ou garagens subterrâneas, em virtude das dificuldades de
transmissão;
- é aconselhável encurtar a comunicação telefônica até chegar em uma área com
melhores condições para a transmissão;
- é conveniente não levar o telefone ao ouvido, enquanto a comunicação não
tiver sido estabelecida, pois a busca requer uma potência mais elevada. Durante
a busca devemos prever um afastamento de 20 a 30 cm;
- o portador de óculos com hastes de metal deve levar em conta uma absorção
mais intensa das hiperfreqüências ao nível do olho mais próximo do celular;
- não devemos posicionar o telefone celular na frente do rosto para reduzir a
penetração das hiperfreqüências;
- o telefone deve ficar alguns centímetros longe do ouvido durante a
comunicação. O uso de um kit “viva voz” constitui uma boa solução para afastar
o telefone da cabeça do usuário;
- o telefone com antena comprida é preferível a um telefone dotado de antena
curta;
- enquanto estiver ligado, o telefone celular continua emitindo
hiperfreqüências e somente seu desligamento (exigido em hospitais, a bordo de
aviões ...) interrompe efetivamente as transmissões eletromagnéticas;
- devemos evitar o uso permanente de um telefone celular ligado à cintura, pois
as ondas eletromagnéticas que ele continua emitindo penetram o fígado, o
estômago, o baço... Os efeitos biológicos dessa exposição em campo próximo são
perigosos com o tempo;
- o proprietário do telefone celular móvel deve ter em mente que a chamada de
seu aparelho em um local de grande densidade populacional (metrô, trem ...)
pode provocar perturbações eletromagnéticas em um raio de dezenas de
centímetros. Estas perturbações podem prejudicar os portadores de um
marca-passo. O desligamento do celular é a solução para esse risco potencial;
- devido a sua grande sensibilidade, precisamos evitar que as crianças usem um
telefone celular de modo repetido e regular;
O uso do telefone celular deve ser reduzido nos seguintes casos:
- durante o tratamento com medicamentos oftalmológicos;
- durante perturbações do eletroencefalograma;
- durante períodos de depressão, de estresse ou de fadiga;
- durante doenças graves e em caso de deficiência imunológica;
- pelos os portadores de marca-passo.
A antena externa de rádio instaladas no automóvel deve estar
afastada da cabeça do usuário e, portanto, montada, por exemplo, sobre o
porta-malas do carro.
O uso de um telefone celular com antena incorporada, no interior
de um carro, pode provocar — em virtude de fenômenos de ressonância com as
paredes metálicas — um aumento da exposição do usuário. Convém, nesse caso,
evitar longas conversas telefônicas. O volume metálico constituído pelo veículo
é comparável à cavidade de um forno de microondas doméstico. Nessa cavidade, as
hiperfreqüências são refletidas pelas paredes metálicas do forno, para voltar
sobre o “alvo”, que, no caso de um veículo, é a cabeça do usuário.
Um texto explicando o modo correto de usar um telefone celular,
a fim de reduzir a exposição do usuário às radiações não ionizantes,
deveria ser vendido juntamente com o aparelho.
COFEMAC / Pesquisa Web
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