Terminou sem acordo a reunião
entre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Comando Nacional dos
Bancários hoje (28), em São Paulo, informou o Sindicato dos Bancários de São
Paulo, Osasco e Região. Com o fracasso da negociação, a greve dos bancários
continua. Essa é décima rodada de negociação, que começou com a entrega da
pauta de reivindicações dos trabalhadores no dia 9.
O Comando Nacional rejeitou a
proposta dos bancos e convocou assembleia para segunda-feira (3), às 17h, na
quadra dos bancários. Mesmo assim, o Comando diz que vai se manter de plantão
em São Paulo caso a Fenaban queira fazer uma nova proposta.
Na reunião de ontem (27), os
bancos fizeram uma proposta de novo modelo de acordo para a categoria, com
validade de dois anos, em vez de um, como ocorreu nos últimos anos. Hoje, a
Fenaban manteve o reajuste em 7%, com abono de R$ 3,5 mil e, para o ano que
vem, propôs 0,5% de aumento real, o que representaria perda real, nesses dois
anos, de 1,9%, de acordo com informações do sindicato dos bancários.
“A Fenaban perdeu a oportunidade de resolver a greve. Em sintonia com a
política do governo, banqueiros querem reduzir o custo do trabalho no acordo
com os bancários. A greve continua e estamos à disposição para nova negociação
com a Fenaban”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos
Bancários de São Paulo, Osasco e região e uma das coordenadoras do Comando
Nacional dos Bancários.
Reivindicações
Os trabalhadores reivindicam
reajuste de 14,78%, sendo 5% de aumento real, considerando inflação de 9,31%;
participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários acrescidos de R$
8.317,90; piso no valor do salário-mínimo do Dieese (R$ 3.940,24), e vales
alimentação, refeição, e auxílio-creche no valor do salário-mínimo nacional (R$
880). Também é pedido décimo-quarto salário, fim das metas abusivas e do
assédio moral.
Atualmente, os bancários recebem
um piso de R$ 1.976,10 (R$ 2.669,45 no caso dos funcionários que trabalham no
caixa ou tesouraria). A regra básica da participação nos lucros e resultados é
90% do salário acrescido de R$ 2.021,79 e parcela adicional de 2,2% do lucro
líquido dividido linearmente entre os trabalhadores, podendo chegar a até R$ 4.
043,58. O auxílio-refeição é de R$ 29,64 por dia.
Um balanço feito pelo Sindicato
dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região mostra que 838 locais de trabalho,
sendo oito centros administrativos e 828 agências fecharam nesta quarta-feira
(28), na base do sindicato, com mais de 29 mil trabalhadores aderindo à greve.
Fonte: A. Brasil.
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