A modernização
das estruturas e de equipamentos dos portos paranaenses, feitas pelo Governo do
Estado, nos últimos anos, criam ambiente favorável para as empresas que atuam
em Paranaguá e em Antonina. Os investimentos privados previstos nos dois portos
para até 2030 totalizam R$ 5,1 bilhões. Muitos deles já estão em andamento. É o caso da Armazéns Gerais Terminal (AGTL), que atua há 30 anos no embarque de granéis sólidos, como milho e soja, e possui capacidade de carregamento de 800 mil toneladas/ano. Apenas em 2016, a AGTL investiu R$84milhões para aumentar a capacidade de armazenamento e de embarque de granéis, com a construção de um novo sistema de descarga de grãos, uma nova linha de embarque e novos silos.
O gerente da unidade da AGTL em Paranaguá, João
Paulo Barvieri, conta que a empresa está adequando seu terminal à nova proposta
da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) de ampliar e
modernizar a capacidade de atendimento dos seus clientes. “As empresas de Paranaguá precisam dar uma resposta aos investimentos feitos pela Appa e que trouxeram mais agilidade e infraestrutura para o Porto de Paranaguá”, declarou Barvieri. Ele citou como exemplo os investimentos da Appa em compra de novos carregadores de navios, reforma do cais, novas portarias e as campanhas de dragagem.
DOBRA - O novo sistema de descarga do terminal da
empresa já está operando e mais que dobrou a capacidade diária de
descarregamento - de 120 para 250 caminhões/dia. Já a nova linha transportadora
de grãos passará das atuais 1.500 para 3.500 toneladas/hora. A operação desta
nova linha está prevista já para a próxima safra. Além do investimento em aumento da capacidade de carregamento e descarga, a AGTL também investiu na construção de novos silos em área própria da empresa e que irão ampliar a capacidade de armazenamento em mais 55 mil toneladas.
PRODUTIVIDADE – O diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino, explica que os projetos privados nos portos de Paranaguá e Antonina incluem novos terminais e arrendamentos, renovações de contratos, rearrendamentos de áreas públicas e contratos de passagem, em um plano de investimentos previstos para até 2030. “Para que se tenha uma ideia, neste período, a demanda de movimentação de cargas no Paraná deverá saltar das atuais 45 milhões de toneladas para 83 milhões de toneladas”, diz ele.
Os investimentos em modernização dos terminais
privados, por exemplo, refletem diretamente na agilidade dos carregamentos e
nos ganhos de produtividade no Porto. “A Appa criou uma modalidade de
carregamento no porto de Paranaguá, chamada super berço, que reduz em 15h o
tempo de carregamento de um navio, que geralmente é de 48h, gerando um ganho
operacional de 31,25%”, mencionou Dividino.
Essa nova regra operacional tem como objetivo
atender a grande demanda de granéis sólidos para carga e descarga no Porto de
Paranaguá e consequente necessidade de dar maior agilidade às operações.
“Queremos reduzir cada vez mais o tempo de espera para atracação e esta medida
só está sendo possível porque, além dos investimentos da Appa em novos
equipamentos, os terminais privados também estão fazendo a sua parte”, concluiu
Dividino.
Fonte: AEN
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