O chefe da
Casa Civil Valdir Rossoni confirmou que o Governo do Estado vai descontar os
dias parados dos servidores públicos que mantiverem a greve iniciada nesta
quarta-feira (15). Rossoni salientou que pode ser negociado o abono da falta do
dia 15, desde que as categorias retomem imediatamente as atividades normais.
A medida foi comunicada durante reunião com
dirigentes do sindicato que representa os professores, no Palácio Iguaçu.
“Não vamos abrir mão de descontar a falta”, disse
o secretário. “O governo não aceita greve por tempo indeterminado e os pais não
concordam em impostos e não contar com seus filhos em sala de aula”, afirmou
Rossoni.
O secretário disse ainda que o governo estadual
promoveu importantes avanços na educação nos últimos anos, que não são
reconhecidos pelas lideranças sindicais, mas agora o momento exige cautela e
responsabilidade dos gestores públicos. “O governo está correto em sua conduta.
Investiu 34,5% da receita em educação, mais do que o exigido por lei”, lembrou
o secretário.
PROMOÇÕES - Além da disposição em negociar o abono
da falta desta quarta-feira, o chefe da Casa Civil também abriu a possibilidade
de negociação de um calendário para pagamento de promoções e progressões em
atraso. Ele disse que todas as dívidas serão quitadas neste ano, mas pediu a
participação dos servidores na discussão.
O governo também se dispõe a discutir algumas
divergências sobre as mudanças na distribuição de aulas extraordinárias. “É
isso que o governo estadual pode oferecer neste momento”, afirmou Rossoni.
Ele destacou que todas as questões que envolvem
remuneração, benefícios ou condições de trabalho dos servidores estaduais
precisam passar pela Comissão de Política Salarial, formada pelos
secretários
da Casa Civil, Fazenda, Administração, Justiça, Trabalho e Direitos Humanos, da
chefia de Gabinete do Governador e pela Procuradoria Geral do Estado. “Este
comitê foi formado para que membros do governo não prometam o que não poderá
ser cumprido”, disse Rossoni.
Rossoni reforçou o interesse do governo estadual
em manter o diálogo aberto com os representantes do magistério e das demais
categorias de servidores públicos. “Estamos sempre abertos para um diálogo
responsável e construtivo. A valorização dos servidores é uma marca deste governo.
No magistério, por exemplo, a evolução salarial chegou a 146% desde 2011, para
uma inflação de 49%”.
Fonte: AEN
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