A Secretaria
da Saúde do Paraná alerta a população que as medidas de prevenção contra a
dengue devem seguir mesmo no inverno. A circulação do Aedes aegypti, mosquito
transmissor da doença, diminui com as temperaturas mais baixas, mas os ovos
podem permanecer intactos por meses se os criadouros não forem eliminados.
Estes ovos vão eclodir quando a estação mais quente chegar, dando origem a um
novo ciclo do mosquito.
Segundo a
coordenadora da Vigilância Ambiental da secretaria estadual da Saúde, Ivana
Belmonte, a prevenção é a forma mais eficaz de se combater o mosquito. “É uma
tarefa que depende muito da contribuição da população, pois mais de 60% dos
criadouros estão nos quintais e dentro das residências, em recipientes que
acumulam água parada”.
O boletim
semanal divulgado nesta terça-feira (02) pela secretaria registra mais uma
morte, desta vez de uma criança de 10 anos vítima da dengue. O caso é de Nova
Fátima, na região de Cornélio Procópio. No total, são 21 óbitos confirmados por
dengue no Paraná, de agosto do ano passado até agora. Na semana anterior, eram
20 mortes.
De acordo com
o novo balanço, há 1.374 novos casos confirmados da doença no Estado – o Paraná
soma 17.776 casos de dengue notificados.
Hoje, são 81
municípios em epidemia, quando a incidência proporcional é de 300 casos para
cada 100 mil habitantes. As cidades que entraram nesta lista são Campo Mourão,
Terra Boa, Brasilândia do Sul, Ivaté, Perobal, Umuarama, Jussara, Paranavaí,
Doutor Camargo e Ivatuba.
“Os casos
confirmados de dengue podem sofrer redução no inverno, isso é o esperado. Mas
trata-se de um período muito curto, de no máximo três meses, e como já
reafirmamos, não podemos nos descuidar, pois o Aedes é resistente. É preciso
eliminar os criadouros e está é uma tarefa diária”, afirma Ivana Belmonte.