Na terça-feira, 30 de abril, uma moradora da Ilha dos Valadares, no caso minha prima Shirley Nascimento Frozino, enfrentou uma experiência angustiante no posto de saúde da Ilha dos Valadares. O relato feito pela sua filha Jéssyca Nascimento chamou a atenção de muitas pessoas ao ser postado no facebook. Sua mãe, sofrendo de dores no corpo, fraqueza, náuseas e dor de cabeça, buscou atendimento médico, apenas para receber um diagnóstico de "infecção" sem a realização de exames e sem sequer ser examinada pelo médico durante a consulta. Após uma injeção e a prescrição de medicamentos, foi liberada.
No entanto, a falta de melhora levou-as a retornar ao
posto no dia seguinte, 1º de maio. Mais uma vez, foram recebidas com descaso,
sendo negada a febre que a paciente claramente apresentava. Apesar das queixas
persistentes de febre e fraqueza, o médico não solicitou exames para investigar
a causa dos sintomas e baseou seu diagnóstico apenas em suposições. O
tratamento prescrito no posto foi considerado inadequado e potencialmente
prejudicial pelos profissionais de saúde no Hospital Paranaguá, para onde mãe e
filha acabaram se dirigindo em busca de ajuda.
No hospital, a febre foi medida em quase 40 graus, e a paciente foi imediatamente encaminhada para exames e tratamento adequado. O contraste entre os dois atendimentos, marcado pela negligência e falta de diagnóstico preciso no posto de saúde, e o cuidado digno e eficiente no hospital, expõe uma preocupante realidade sobre o sistema público de saúde na cidade e a prova está aí conforme o relato.
Este não é um incidente isolado. A moradora indignada relata que não é a primeira vez que experienciam atendimento insatisfatório no posto de saúde daquela comunidade isulana. A situação é descrita como vergonhosa, com pacientes já em uma condição delicada sendo tratados de maneira rude e grosseira. A falta de humanidade e a ausência de protocolos médicos adequados levantam questões sérias sobre a qualidade dos serviços de saúde pública na Ilha dos Valadares e, consequentemente, sobre o destino dos pacientes que dependem exclusivamente desse sistema.
Enquanto a moradora expressa sua gratidão por ter encontrado
atendimento adequado em outro lugar, ela levanta uma questão crucial: o que
acontece com aqueles que não têm recursos para buscar assistência médica fora
do sistema público? A falta de ação imediata para abordar esses problemas
representa uma ameaça à saúde e à dignidade dos cidadãos que confiam no sistema
de saúde pública.
Cadê os vereadores para cobrar do administrador municipal por um serviço de qualidade? O que muitos fazem é entrar mudo e saírem calados ou simplesmente usar a tribuna da Câmara Municipal em seu pronunciamento fraco para lamentar e usar a palavra: “É compricado!,”. Infelizmente é essa a nossa realidade, muitos para aplaudir, babar os ovos e nada fazem pelo bem estar da população.
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Texto: Edye Venancio
Image by batian lu from Pixabay
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