Hoje pela manhã
estive dando entrada no Seguro Desemprego no Sistema Nacional de Emprego
(Sine), em Paranaguá. Com a senha 01, cheguei às 07h25 já me preparando, pois
seria o primeiro a ser atendido às 7h30. Esperei a minha vez enquanto as
funcionárias davam toda a atenção às pessoas que estavam ali para fazer o mesmo
que eu ou conferir as vagas ofertadas. Quando ouvi a atendente chamar a minha
senha, fiquei todo empolgado pensando... “vou sair mais cedo”. Bastou dizer
isso para ouvir a frase: “aguarde um minuto, o nosso sistema está fora do ar”.
Putz, já pensei... “vou ficar uns três dias aqui até que tudo dê certo”.
Enquanto aguardava, comecei a conversar com a funcionária Sueli Balduíno, que há 18 anos trabalha ali e, por coincidência, é minha prima. Ela, toda alegre, disse aos demais que estavam esperando, aproximadamente 30 pessoas: “Gente, não se preocupem, estamos aguardando voltar o sistema. Nem que eu fique aqui até as 15h, vamos atender a todos”. Aguardar era o que todos ali tinham que fazer, sentados, acomodados, assistindo, e tinham à disposição banheiro e água, coisa que em muitos lugares é artigo de luxo. Ela me disse que hoje em dia está mais tranquilo, mas já teve momentos em que o Sine atendia uma média de 100 pessoas por dia. Mesmo assim, isso em momento algum tirava e tira o prazer dela estar ali trabalhando, conversando com as pessoas que muitas vezes chegam ao local desanimadas, desacreditadas, achando que não irão ser empregadas. Mas ela diz que “tudo tem a sua hora, que não se deve desanimar, ter fé, acreditar em Deus sempre”.
Depois de um bom
tempo esperando, o bendito sistema voltou e eu consegui sair de lá sabendo a
data em que serei beneficiado por esse seguro desemprego e o número de
parcelas. Acredito que devemos ser assim, procurar servir as pessoas, oferecer
um sorriso, bom humor, para que a pessoa saia com uma boa impressão de nós e eu
saí de lá com um abraço. Que todos possam ver que ser feliz é isso,
principalmente quando somos agraciados com pequenos gestos.
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