Os 23 mil policiais e bombeiros militares do Paraná deverão
deflagrar greve geral nos próximos meses, informaram esta sexta-feira (13)
fontes do Blog
do Esmael no
Palácio Iguaçu. O alvo são os constantes calotes do governador Beto Richa
(PSDB) nas praças e oficiais da corporação.
O Blog
do Esmael teve
acesso a ríspidas mensagens do secretário da Segurança, Wagner Mesquita,
postadas num grupo de WhatsApp. “Enquanto isso, mais uma vez recebi um ataque
gratuito da ASSOFEPAR questionando cargos e salários na SESP….”, reclamou o
secretário em relação à associação de oficiais militares.
A avaliação nos quartéis da PM é que essa briga com o secretário
pode antecipar a greve, pois os policiais e bombeiros dizem que o governo deu
calote neles de R$ 60 milhões. São valores relativos a promoções, tempo de serviço,
aulas ministradas e transferências desde 2011.
Além
disso, os policiais militares paranaenses denunciam quem não têm armas longas e
a frota de viaturas está mais que sucateada – sem condições de patrulhamento.
O
secretário Mesquita se defende no WhatsAPP: “Já estive na Associação, e em
várias ocasiões mostrei que tudo Q a SESP pode fazer foi feito, os pleitos de
atrasados, promoções e progressões estão todos parados na SEFA… CEL FARIAS e
todos os Conselheiros sabem disso”.
Coronel Farias – a quem o
secretário de Segurança se refere – é o presidente da ASSOFEPAR (Associação dos
Oficiais Policiais e Bombeiros Militares do Estado do Paraná).
Segundo um policial da ativa, ouvido pelo Blog do Esmael,
que por questões óbvias pediu para não ser identificado, “as dívidas
trabalhistas com os policiais vão se acumulando e criando grande pressão e
insatisfação em todos os níveis”.
“Os
constantes ataques do crime organizado, o grande número de policiais feridos e
o risco de vida constante tem transformado a segurança pública em uma grande
bomba prestes a explodir. Sem apoio do governo, os policiais estão no limite da
paciência”, relata o PM.
Nos
quartéis, os policiais se dizem “usados” e “traídos” no episódio de 29 de abril
– o massacre de professores – pelo governador Beto Richa e pelos secretários da
Segurança (Mesquita) e da Fazenda (Mauro Ricardo) que “não se sensibilizam e
nada fazem para criarem melhores condições de trabalho”.
Os
policiais militares não descartam, inclusive, como autocrítica na prática,
chamar os educadores e demais servidores públicos do estado para uma greve
geral em breve.
A
pressão dos associados junto às entidades que os representam faz com que as
associações intensifiquem conversas e ações para que, caso não haja respostas
concretas, aconteçam mobilizações mais radicais.
Os
policiais militares reclamam que viraram piada por serem os únicos que “brigam
para trabalhar”, pois só querem equipamentos e armamentos e que se pague os
seus direitos.
Mesmo
diante do caos descrito acima, a farra publicitária do governo Beto Richa na
velha mídia garante uma narrativa temporária segunda a qual o Paraná é um
paraíso de prosperidade no meio de um oceano em crise chamado Brasil; no
entanto, a verdade é outra, pois faltam equipamentos e salários, além da falta
de ação concreta dos secretários de governo tucano.
A
força dos policiais fez com que o secretário de Segurança, Wagner Mesquita,
acusasse o golpe e reagisse nas redes sociais a cobrança das entidades de
classe por sua falta de capacidade para resolver os problemas mais básicos.
A
coisa assusta, pois tudo o que o povo paranaense não precisa agora é de uma
greve na polícia e na educação… Ou precisa?
Fonte: Esmael Morais
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