Os estivadores do Porto de Santos
estão em estado de greve após decisão em assembleia realizada no fim da manhã
de hoje (19). No último fim de semana, os trabalhadores vinculados ao Sindicato
dos Estivadores de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão (Sindestiva), fizeram
uma paralisação de 48 horas, a fim de chamar a atenção para suas reivindicações
salariais.
Eles pedem 11,8% de reajuste,
mais 10% de ganho real, aumento de 40% pelo trabalho de risco e vale-refeição
de R$ 30 por dia. A data-base da categoria ocorreu em março.
De acordo com o diretor Social do
sindicato, Sandro Olímpio da Silva, o principal assunto da assembleia de hoje
foi a informação de que quatro dos cinco terminais de contêineres privados estabelecidos
no Porto de Santos usou mão de obra estrangeira durante o período de greve.
“Os órgãos competentes fizeram a
constatação e estamos com documentos para levar para Brasília. Isso fere a
Constituição, porque está na Lei 12815/2013 que a mão de obra do Porto de
Santos deve ser registrada no Ogmo (Órgão Gestor de Mão de Obra)”.
Reivindicações
Segundo ele, representantes do
sindicato e de operadoras de terminais participarão de uma reunião no
Ministério das Cidades, em Brasília, para tratar das reivindicações e da
questão da mão de obra.
Uma nova assembleia será marcada
para semana que vem. Olímpio informou ainda que o Sindicato dos Operadores
Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp) tinha até esta terça-feira para dar
uma resposta às reivindicações, o que não ocorreu ainda.
Por meio da assessoria de
imprensa, o Sopesp informou que está em plena negociação com os trabalhadores.
O Sopesp inclui 49 terminais no Porto de Santos. A negociação é feita pela
Câmara de Contêineres do sindicato, que representa os quatro terminais
envolvidos na questão.
Conforme a assessoria, na
quinta-feira (21) haverá uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT),
na capital paulista, para dar continuidade à negociação.
Fonte: Agencia Brasil
Foto: Diário do Litoral
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