Desde o início
da campanha de vacinação contra a dengue, em 13 de agosto, foram imunizadas
cerca de 190 mil pessoas no Paraná. A primeira etapa da vacinação contra a
doença terminou no sábado (24). Quem recebeu a primeira dose, deve procurar uma
Unidade de Saúde em fevereiro de 2017 e, novamente, em agosto para concluir o
esquema vacinal e garantir a imunização completa.
“Essa foi mais uma das estratégias da Secretaria
da Saúde com o objetivo de reduzir as epidemias da doença no Estado. Além das
pessoas que foram imunizadas, a proteção se estende a toda população, uma vez
que servirá para reduzir a circulação viral na região”, explica o secretário da
Saúde, Michele Caputo Neto.
Os melhores índices de cobertura vacinal foram os
das cidades de Munhoz de Mello, no norte do Estado; Boa Vista da Aparecida,
município localizado na região Oeste; e São Jorge do Ivaí, também no Norte do
Paraná. As três cidades vacinaram mais de 80% do público-alvo da campanha.
O secretário municipal da Saúde de Munhoz de
Mello, Mauro Sérgio de Araújo, conta que toda a equipe se empenhou para vacinar
o maior número possível de pessoas. “Estendemos o horário de atendimento da
Unidade de Saúde, realizamos a vacinação em escolas, empresas, academias e
diretamente nas residências”, diz.
A mesma ação se repetiu em diversas cidades da
campanha. “Incentivamos as equipes municipais a organizarem grupos volantes
para levar a vacina até a população, pois os jovens, público-alvo da campanha,
não costumam buscar os serviços de saúde”, conta a chefe do Centro estadual de
Epidemiologia, Júlia Cordellini.
DADOS PRELIMINARES – A estratégia de vacinar
pessoas fora das Unidades de Saúde facilitou o acesso da população, mas devido
ao grande volume de doses aplicadas em outros ambientes, os números de
cobertura vacinal ainda são preliminares. “Até o fim desta semana teremos as
informações fechadas sobre o quanto cada município vacinou e esse número deve
aumentar”, fala Júlia.
De acordo com o coordenador estadual de
Imunização, João Luís Crivellaro, nenhuma dose comprada pelo Estado será
perdida. “As vacinas remanescentes têm validade até outubro do próximo ano.
Elas ficarão armazenadas adequadamente e servirão para aplicações da segunda e
terceira etapa da vacinação”, destaca.
SEGURANÇA – Das 190 mil vacinas contra a dengue
aplicadas no Estado, foram registrados somente 107 casos de reações adversas
leves, o que representa 0,056% do total. “Não houve nenhum evento moderado ou
grave dentro deste universo tão grande de pessoas vacinadas. Isso mostra que
temos uma vacina segura e eficaz”, garante Crivellaro.
O coordenador também lança um alerta para quem
recebeu a vacina. “É importante respeitar o intervalo de 30 dias antes de
receber outro tipo de vacina, como, por exemplo, as que fazem parte da campanha
de multivacinação”, ressalta.
IMPACTO – A partir do final da campanha,
especialistas em imunização já declararam a intenção de acompanhar o estudo de
impacto da vacinação contra a dengue no Estado. Em recente simpósio
internacional da área, o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde
declararam interesse em conhecer as estratégias adotadas no Estado. O objetivo
é compartilhar a experiência paranaense para uma possível campanha de vacinação
contra a dengue.
Fonte: AEN
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