A Procuradoria-Geral do Estado
(PGE) está reforçando o apelo ao Poder Judiciário para que determine a imediata
reintegração e desocupação das escolas invadidas por estudantes no Paraná. E,
também, aos pais dos adolescentes para que tentem convencer os filhos a não
participarem do movimento.
“Na opinião da PGE, esse não é um
protesto legítimo, é diferente de um protesto que se faz na rua ou numa praça,
em que vai quem quer”, disse o procurador-geral do Estado, Paulo Sérgio Rosso.
“Para a Procuradoria, é ilegal, abusivo e inconstitucional porque fere o
direito da maioria que deseja trabalhar e estudar.”
Comentando o caso da morte de um
adolescente, nesta segunda-feira (24), no interior de uma escola ocupada em
Curitiba, o procurador-geral disse que a PGE alertou desde o início que
poderiam ocorrer fatos fora do controle dos participantes do movimento. “A
nossa postura foi sempre a mesma, de dizer que esses jovens estão em grave
risco psicológico e físico. E pode voltar a ocorrer”, repetiu.
De acordo com Rosso, há relatos
de excessos, inclusive com denúncias de pais e professores. Por isso, a PGE
enviou ofício aos Conselhos Tutelares, no início da semana passada, solicitando
que fossem verificar in loco a situação das ocupações.
RESPONSABILIZAÇÃO - O
procurador-geral destacou que as pessoas precisam se responsabilizar pelos atos
que praticam e que, quanto à morte do adolescente em uma das escolas invadidas,
aguarda-se as investigações policiais. Ele salientou também que serão
analisadas as responsabilidades em relação a todo o movimento.
“Não descartamos
responsabilização de conselheiros tutelares que por lei têm a obrigação de
zelar pela segurança desses menores e foram oficializados pela Procuradoria
para que tomassem essa cautela”, disse. Rosso adiantou que também pode ser
estudada a responsabilidade administrativa de professores ou diretores, “que
deveriam zelar pelos menores que lá estão”.
“Sem esquecer da possível
responsabilização de pais, que são os primeiros responsáveis pelos menores”,
acrescentou. No entanto, garantiu que não haverá nenhuma precipitação. “Todos
os casos denunciados serão verificados, tomando as cautelas para não cometer
injustiça nem excessos”, afirmou.
Fonte: AEN
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