A
Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) sediou nesta
quinta-feira (09), em Paranaguá, o segundo curso de capacitação para
voluntários que atuarão no atendimento da fauna petrolizada, em caso de
acidentes ambientais envolvendo derramamento de óleo e produtos químicos
perigosos.
O curso faz parte de um convênio entre a Appa e a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá e da Universidade Estadual do Paraná (Funespar), responsável por este trabalho com a fauna em caso de acidentes.
Cinquenta alunos do curso de Biologia da
Universidade Estadual do Paraná (Unespar) participaram da capacitação,
ministrada pelo capitão Eduardo Pinheiro, diretor do Centro Universitário de
Estudos e Pesquisa sobre Desastres (Cedep/PR), entidade ligada à Casa Militar
do Governo do Paraná.
O grupo de alunos voluntários se dispõe a
trabalhar em um regime permanente de prontidão e revezamento, com rápida
mobilização em caso de emergências. Eles vão utilizar como base o Centro de
Proteção Ambiental das Baías de Paranaguá e Antonina - a primeira base do
Brasil localizado em um porto público e que integra atendimentos a emergências
ambientais envolvendo derramamentos químicos e de óleo, com o atendimento à fauna
petrolizada. O capitão Eduardo Pinheiro, da Defesa Civil, conta que o projeto é
inédito e pioneiro. “O Porto possui atualmente a estrutura mais moderna do País
no atendimento de acidentes ambientais. O grupo de alunos voluntários está
sendo preparado para resgatar os animais atingidos por óleo, tratando-os
adequadamente para que possam ser devolvidos à natureza em uma condição
saudável novamente”, explica o capitão Pinheiro.
Durante o curso os voluntários receberam
informações sobre o que é uma Unidade de Despetrolização de Fauna, ações de
resgate, apoio no transporte de animais resgatados, triagem e destinação da
fauna resgatada, quais as obrigações de um voluntário, como eles são acionados
e qual o papel dos deles em um acidente ambiental.
O diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique
Dividino, explica que o curso é uma medida de prevenção, tendo em vista que o
mercado dispõe de poucos profissionais capacitados para o atendimento da fauna
petrolizada em situações de acidentes ambientais.
“Esta é mais uma ação da Appa em prol da proteção
ambiental do complexo estuarino de Paranaguá”, enfatizou Dividino.
OS MAIORES INVESTIMENTOS DA HISTÓRIA - Nos últimos
cinco anos, a Appa investiu aproximadamente R$ 35 milhões na área de meio
ambiente.
Os recursos foram aplicados em projetos de
engenharia para o desenvolvimento ambiental, estudos ambientais, étnicos e
arqueológicos para novos licenciamentos, planos de emergência, prontidão
ambiental, saneamento e tratamento de efluentes, coleta e destinação de resíduos
sólidos, monitoramentos de dragagens, controle de pragas e proliferação de
vetores, varrição mecanizada de ruas e avenidas, recuperação de passivos
ambientais, gerenciamento de emissões atmosféricas e de ruídos, gerenciamento
de água de lastro dos navios, monitoramento da qualidade das águas e dos
sedimentos, monitoramento da biota aquática, monitoramento da avifauna,
monitoramento da atividade pesqueira, entre outros.
Para 2017 e 2018, a Appa investirá outros R$ 32
milhões em meio ambiente para dar continuidade aos mais de 40 projetos e
programas que estão em andamento e no aprimoramento do trabalho já realizado.
Devido às ações e investimentos em meio ambiente,
o Porto de Paranaguá saltou da 26ª posição, em 2012, no Índice de Desempenho
Ambiental da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), para a 3ª
colocação, em 2016, em qualidade de serviços ambientais.
Fonte: AEN
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