Começa
hoje (17) a mobilização nacional de vacinação contra a gripe. A campanha deste
ano inclui, pela primeira vez, os profissionais de educação no grupo
prioritário. Cerca de 2,3 milhões de professores de escolas das redes pública e
privada devem ser imunizados nos postos de saúde de todo o país.
Nos
dias 2 e 3 de maio, os docentes serão vacinados nas escolas. Idosos,
trabalhadores do setor de saúde, crianças de 6 meses até 5 anos, gestantes,
mulheres no pós-parto, indígenas, população privada de liberdade,
inclusive os
adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa, e pessoas com doenças
crônicas continuam como público-alvo da vacinação.
A
vacina permite a proteção contra os vírus A(H1N1), H3N2 e influenza B. Como os
vírus são mutantes, a composição da vacina é feita somente depois da indicação
da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre as cepas (variações dos vírus) que
circularam com mais frequência nos últimos meses na região. Segundo a OMS, em
2016 a cepa do vírus A(H1N1) foi alterada, o que levou à produção de uma nova
composição para a campanha deste ano.
Cerca
de 60 milhões de doses serão distribuídas aos postos da rede pública de saúde.
O Ministério da Saúde espera que pelo menos 54 milhões de pessoas sejam
imunizadas até o dia 26 de maio, prazo final da campanha. O dia D da
mobilização será em 13 de maio.
O
principal objetivo da campanha é reduzir as hospitalizações e a ocorrência de
mortes relacionadas à influenza. Segundo o Ministério da Saúde, estudos
demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de internações
por pneumonia e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da gripe. Em 2016,
o país registrou a maior incidência dos casos de gripe desde a pandemia
iniciada em 2009. Mais de 2.200 pessoas morreram no ano passado por problemas
relacionados à gripe. De janeiro a abril deste ano ocorreram 48 mortes.
Apesar
de a incidência de casos estar num ritmo bem menor do que o registrado no ano passado,
o Ministério da Saúde alerta para a necessidade de se vacinar o quanto antes e
garantir que a proteção seja efetiva no período de maior vulnerabilidade, o
inverno. Além de buscar a imunização, o Ministério recomenda que a população
lave as mãos várias vezes ao dia, cubra o nariz e a boca ao tossir e espirrar,
evite tocar o rosto, não compartilhe objetos de uso pessoal, mantenha os
ambientes bem ventilados e evite a permanência em locais com aglomeração.
Fonte: Agência Brasil
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