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Paranaguá tem surto de conjuntivite com registro de 13 mil casos em março

Paranaguá está passando por um surto de conjuntivite. A Secretaria Municipal de Saúde e Prevenção (Semsap) divulgou na manhã desta segunda-feira (2) que durante o mês de março houve o registro de 13.404 atendimentos de pacientes com a doença no Pronto Atendimento – UPA. No último final de semana a procura foi intensa.

No domingo foram mais de 600 pessoas atendidas. No sábado já tinham sido 491 e na sexta-feira Santa outros 383. Como a procura de pacientes aumentou sobremaneira a Semsap teve que fazer remanejamento de médicos que atendem nas unidades básicas de saúde para dar plantão na UPA. Entretanto, a orientação é para que a procura ocorra somente em casos com maior gravidade.

“Estamos registrando um número elevadíssimo de pacientes procurando a UPA por conta da conjuntivite. É importante esclarecer que o serviço de saúde deve ser procurado em casos com maior gravidade, porque isso está gerando demora no atendimento na unidade”, explica o secretário municipal de Saúde e Prevenção, Paulo Henrique de Oliveira. No Pronto Atendimento não há fornecimento de atestado médico, mas somente declaração de comparecimento.

O médico José Antonio Ferreira Martins, responsável clínico da Semsap, explica que a conjuntivite é uma doença que se caracteriza pela inflamação da conjuntiva, causada por agentes tóxicos, alergias, bactérias ou vírus. “É uma doença sazonal, que ocorre sempre nesta época do ano. A conjuntiva é a membrana transparente que recobre o globo ocular e a parte interna da pálpebra. A conjuntivite viral é altamente contagiosa, e apesar de não ser grave provoca incômodo e alguns cuidados devem ser tomados”, explica.

A doença normalmente compromete os dois olhos e o contágio é feito pelo contato direto da pessoa doente com objetos contaminados. Isso ocorre com maior facilidade em ambientes fechados como escolas, creches e ônibus. Os sintomas se apresentam com olho vermelho e lacrimejante, inchaço nas pálpebras, intolerância à luz e visão embaçada. “Ao sinal dos primeiros sintomas é importante iniciar a separação dos objetos, para evitar o contato e assim disseminar a doença para a família inteira”, orienta o médico José Antonio.


Com o tratamento adequado a doença desaparece entre 5 e 7 dias. Não existe tratamento específico para conjuntivite viral. Para diminuir o desconforto é importante utilizar soro fisiológico gelado e compressa nas pálpebras, ou ainda usar colírios lubrificantes. Outras medidas ajudam a evitar a propagação da doença, como lavar as mãos com freqüência e não colocá-la nos olhos e coçá-los. É importante não compartilhar lençóis, toalhas, travesseiros e outros objetos de uso pessoal, além de evitar piscinas. Não usar também maquiagem de outras pessoas e toalhas de rosto.

Fonte: PMP