Na Idade Média europeia, as cortes reais eram lugares de intrigas, poder e, é claro, entretenimento. Entre os artistas contratados para divertir os reis e seus séquitos, os bobos da corte se destacavam. Talvez nenhum tenha sido tão famoso quanto Triboulet, que ficou conhecido como "bobo do rei e rei dos bobos".
Os bobos da corte eram muito mais do que simples comediantes. Eles também desempenhavam o papel de companheiros frequentes de seus patronos. Sua presença nas cortes remonta ao Egito Antigo, onde eles entretinham os faraós. Os romanos antigos também tinham sua versão desses artistas, conhecidos como balatros, que eram pagos por seus gracejos e frequentavam as mesas dos ricos.
O que tornava os bobos da corte únicos era a sua
habilidade de rir de tudo e, ao mesmo tempo, promover reflexões profundas por
meio de metáforas e sagacidade. Eles exploravam suas próprias fraquezas em vez
de serem explorados por elas. Ao reconhecer com inteligência o fracasso em
alcançar uma dignidade humana padrão, os bobos da corte se destacavam por sua
qualidade escorregadia.
No atual cenário político, a figura do "bobo da corte" ressurge de forma surpreendente, servindo como metáfora para certos atores políticos. Assim como os bobos medievais, esses políticos usam retórica populista e espetáculos para capturar a atenção pública, desviando-a de questões essenciais. No entanto, isso pode minar a seriedade do processo democrático e levar a uma polarização ainda maior. É crucial não subestimar o impacto de suas ações, e em vez disso, analisar suas políticas com base em mérito e consequências para a sociedade.
Em resumo, os bobos da corte não eram apenas comediantes, mas também filósofos sociais, usando sua astúcia para provocar reflexões sobre a condição humana e a sociedade em que viviam. Eles desempenharam um papel importante nas cortes medievais e continuaram a influenciar a cultura ao longo da história, principalmente nos dias de hoje, são fantoches puxando o saco de quem está no poder, chorando para passar uma imagem de emotivo, mas tirando vantagem de tudo, traindo, fingindo e fazendo o que o rei manda, se fazendo e bobo e só dizendo amém.
Texto: Edye Venancio
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