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Estudos sobre ferrovia Paranaguá-Dourados são discutidos com o G7

A Secretaria do Planejamento e Coordenação Geral promoveu nesta terça-feira (22) uma reunião entre o G7, grupo formado pelas principais instituições do setor produtivo do Paraná, e representantes dos consórcios responsáveis pelos estudos da nova ferrovia proposta pelo Governo do Estado, que ligará o Porto de Paranaguá a Dourados, no Mato Grosso do Sul. A reunião foi para acompanhamento dos estudos de engenharia para implantação da nova ferrovia marcou os 60 dias desde a divulgação dos nomes dos quatro consórcios nacionais e internacionais, responsáveis pela elaboração dos projetos. “O objetivo do encontro é aproximar o setor produtivo dos consórcios, para que sejam fornecidos subsídios para os estudos”, informou o secretário do Planejamento e Coordenação Geral, Juraci Barbosa Sobrinho. Reuniões como essa também se propõem ao alinhamento e ao acompanhamento do trabalho iniciado há dois meses pelos consórcios. “Nos colocamos à disposição dos consórcios em quaisquer casos de dúvidas técnicas em relação aos estudos a serem desenvolvidos”, disse o secretário.
O G7 é formado pelas federações das Indústrias (Fiep), da Agricultura (Faep), Comércio (Fecomércio), Transporte de Cargas (Fetranspar), das Associações Comerciais e Empresariais (Faciap), pela Federação e Organização das Cooperativas do Paraná (Fecoopar), Associação Comercial do Paraná (ACP).

COMPETITIVIDADE - “Temos grande interesse nesta discussão, que auxiliará muito os estudos preliminares da nova ferrovia. Nossa expectativa é de que a ferrovia aumentará muito a competitividade do Estado”, comentou o diretor da Fecomércio-PR, Rodrigo Rosalem, que representou na reunião o coordenador do G7 e presidente da instituição, Darci Piana. “Esta é uma excelente iniciativa do governo estadual ao propor soluções para o gargalo do transporte”, disse ele.

AGILIZAR - A nova ferrovia reduzirá custos logísticos e agilizará o transporte da lavoura até o porto. Atualmente, apenas 20% da mercadoria que chega ao Porto de Paranaguá é transportada por via-férrea. Os nomes dos consórcios que farão os estudos de engenharia para implantação da nova ferrovia foram divulgados em fevereiro. Eles encaminharam suas propostas de estudos, que foram avaliadas pelo governo do Estado. Um grupo técnico selecionou os autorizados a realizarem o estudo.
Além da Secretaria do Planejamento, fazem parte do Grupo Técnico Setorial que analisou as propostas do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) as secretarias de Estado da Infraestrutura e Logística, a Ferroeste e a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa).

Os consórcios que tiveram as propostas selecionadas são: o consórcio HaB, constituído pelas empresas Bureau da Engenharia ECT Ltda, Hendal e Advice Concultoria e Serviços; o consórcio SSSE, formado pela empresa espanhola Sener Ingeneria e pelas nacionais Sener Setepla e Engefoto; o consórcio Egis-Esteio-Copel, do qual fazem parte a empresa francesa Egis Engenharia e Consultoria Ltda e pelas nacionais Esteio Engenharia e Aerolevantamentos S.A e Copel, e o consórcio formado por Sistemas de Transportes Sustentáveis – STS, Pullin e Campano Consultores Associados e Navarro Prado Advogados, pela consultoria Millennia Systems, dos Estados Unidos, e pela EnVia Technologies International.

CRONOGRAMA – Na primeira fase, as empresas autorizadas vão elaborar os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental da ferrovia. A partir da conclusão destes trabalhos, com prazo estimado em 270 dias, o governo abrirá processo licitatório para construção e concessão da linha.
A obra está dividida em dois trechos. O primeiro tem 400 quilômetros e liga o Litoral do Paraná a Guarapuava. O segundo, com aproximadamente 600 quilômetros, vai de Guarapuava até Dourados (MS), passando por Guaíra, e conta com a implantação de 350 quilômetros de linha nova, além da reabilitação do trecho já existente entre Guarapuava e Cascavel.

O Procedimento de Manifestação de Interesse para a execução do projeto foi lançado no final de novembro, num evento em São Paulo. Dezoito empresas compostas em seis consórcios nacionais e internacionais mostraram interesse na elaboração do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental. O valor aproximado do estudo é de R$ 25 milhões e o custo estimado de construção da ferrovia é de R$ 10 bilhões.


Fonte: AEN