Caminhoneiros que descarregam no Porto de Paranaguá e
trabalhadores portuários, como estivadores, arrumadores e conferentes,
participam nesta quinta (23) e sexta-feira (24) da terceira fase da campanha de
vacinação contra a gripe. Nos dois dias, serão disponibilizadas 5 mil doses
para os profissionais que estão na linha de frente de uma das atividades
essenciais para o abastecimento do Brasil.
A medida é
uma parceria da Portos do Paraná com a Secretaria de Estado da Saúde,
Prefeitura e Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO). A estratégia de imunização
incluiu os trabalhadores e motoristas nos grupos prioritários depois de um
pedido do Ministério da Infraestrutura para o Ministério da Saúde.
“Estes
profissionais continuam trabalhando para manter a atividade portuária, que é
essencial para escoar os alimentos produzidos no campo”, disse o presidente da
Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia. Segundo ele, os portos são responsáveis
pelo abastecimento, chegada de remédios, equipamentos médicos e insumos. “Por
isso, é nosso dever garantir as condições necessárias para a segurança de quem
está na linha de frente”, destaca.
Nesta fase,
além dos caminhoneiros e portuários, a prioridade é imunizar profissionais das
forças de segurança e salvamento, portadores de doenças crônicas não
transmissíveis e outras condições clínicas especiais, funcionários do sistema
prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas,
população privada de liberdade, povos indígenas e motoristas de transporte
coletivo.
“A meta é
atingir 90% da população-alvo, destacando sempre que a vacina contra a gripe é
segura”, afirma o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. “Esta vacina não
imuniza contra o coronavírus, mas se protegendo contra a Influenza a pessoa
reduz as chances de infecções mais graves e internações pelos vírus da gripe”,
acrescenta o secretário.
ESTRATÉGIA – Para a vacinação dos caminhoneiros e motoristas, a
Secretaria da Saúde fez parceria com o Serviço Social do Transporte e Serviço
Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest-Senat), Polícia Rodoviária e
postos de combustíveis com bandeira Shell.
No Pátio de
Triagem de Caminhões do Porto de Paranaguá, quem se vacinou incentiva os
colegas de profissão para fazer o mesmo. “É muito importante, porque é uma
prevenção. Caminhoneiros do país todo vêm para Paranaguá, então é uma
oportunidade para quem está sempre na estrada. Tem que aproveitar”, avalia o
caminhoneiro Thales Donadel.
“É um
incentivo para o pessoal se cuidar um pouco mais, porque geralmente os
motoristas não se cuidam”, pondera o caminhoneiro Cleusio Gallo. O colega
Zelmiro Luiz De Bortoli concorda. “Está sendo ótimo. Tomar a vacina é um
cuidado com ao motorista”.
Na sede do
OGMO, 1,3 mil vacinas são destinadas aos Trabalhadores Portuários Avulsos
(TPAs). “Para nós, que trabalhamos na faixa portuária e convivemos com navios
de diversos países, é um cuidado a mais que a gente precisa ter. Alguns já
estão com mais idade, mas independente disso, precisamos proteger todo mundo”,
diz o estivador Adriano dos Santos Henrique.
O estivador
Lucas Vieira de França conta que é importante receber a dose mesmo não imunizando
contra a Covid-19. “Previne contra a gripe comum e já é uma coisa a mais. Para
nós é mais segurança. Temos que nos prevenir, porque a vacina já ameniza e a
gripe não vem com tanta força no inverno”, disse.
POSTOS DE SAÚDE: Esta fase da campanha se estende até o dia 9 de maio e é
possível se vacinar também nos postos de saúde municipais. A Secretaria
distribuiu para as 22 Regionais de Saúde cerca de um milhão de doses da vacina.
“Temos vacina suficiente para o público estabelecido pelo Ministério da Saúde e
recomendamos que as secretarias municipais vacinem, como a realizada hoje no
Porto de Paranaguá, e promovam parcerias com escolas, igrejas, centros sociais
e outras instituições para imunizarmos o maior número possível de paranaenses”,
disse o secretário Beto Preto.
Na primeira
fase o Estado vacinou 1,420 milhão de pessoas, entre trabalhadores da área da
saúde e idosos.
Segundo o
Ministério da Saúde, a vacina não age contra a Covid-19, mas protege contra os
três tipos de gripe mais comuns registradas no hemisfério sul no ano passado:
Influenza A (H1N1), Influenza B e Influenza A (H3N2), auxiliando os
profissionais de saúde na exclusão do diagnóstico do coronavírus, já que os
sintomas são semelhantes aos da gripe.
Fonte: Portos do Paraná