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Paranaguá de antigamente

 


Paranaguá, reconhecida como o berço da civilização paranaense, vem passando por significativas mudanças, mantendo características marcantes de sua história e cultura enquanto enfrenta desafios de modernização e desenvolvimento. Pelo menos é isso que a população vem cobrando dos administradores que passam pelo Palácio São José, sede da prefeitura, mas todos sabem que pouca coisa acontece.

 

1980: A Paranaguá tradicional

Na década de 1980, a cidade apresentava um ritmo tranquilo, típico de localidades interioranas. O centro histórico, com ruas de paralelepípedos e casarões coloniais, era o principal polo comercial e social. O Porto de Paranaguá, já consolidado como um dos maiores do Brasil, movimentava a economia local com operações ainda dependentes de atividades manuais e muitos desses trabalhadores tentando sobreviver com um salário mínimo, ou seja, muito trabalho e pouca valorização e crescimento. 

 

Mercados como o Mercado do Peixe e o Mercado Municipal eram pontos de encontro da comunidade, reforçando laços culturais e comerciais. Na época, o transporte público era limitado, e a travessia para a Ilha dos Valadares era realizada por pequenas embarcações, conhecidas como bateiras, utilizada pelos insulanos diariamente.

 

1990: Crescimento e modernização

Os anos 1990 marcaram o início de uma fase de expansão do Porto, gerando empregos, mas também desafios como o aumento do fluxo de caminhões. O turismo começou a despontar, atraindo visitantes para as belezas naturais da região, incluindo a Ilha do Mel e o Parque Nacional de Superagüi.

 

O acesso à tecnologia avançou com a chegada de antenas parabólicas e o fortalecimento das rádios locais, como a Ilha do Mel FM e a Rádio Difusora, que ampliaram a conexão da cidade com o mundo.

 

2000: Avanços e Contradições

Com a virada do milênio, Paranaguá vivenciou um crescimento populacional significativo. A modernização do Porto trouxe maior eficiência, mas ampliou as desigualdades entre o progresso econômico e as condições de vida nas áreas periféricas, como a Ilha dos Valadares, local onde residiam e ainda residem muitos moradores provenientes de outras ilhas e cidades.

 

O trânsito tornou-se mais complexo, e as questões de saneamento básico, transporte e segurança urbana emergiram como prioridades. Por outro lado, eventos culturais como o Festival de Fandango e a Festa de Nossa Senhora do Rocio reforçaram a identidade local, atraindo devotos da padroeira e curiosos para conhecer a cultura caiçara que poderia ser melhor explorada.

 

2010 em Diante: Promessas e Realidades

A partir de 2010, Paranaguá enfrentou a difícil tarefa de equilibrar desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Grandes obras de infraestrutura e melhorias no transporte foram anunciadas, mas muitas não saíram do papel. 

 

Novos bairros surgiram, e a área urbana se expandiu, mas problemas como acúmulo de lixo, transporte público deficiente e a conservação do patrimônio histórico persistem. Há ainda muitos que a cada gestão promete a revitalização, mas tudo não passa de promessa. Apesar disso, a cidade mantém sua essência cultural, marcada pela força de seu povo, pela tradição caiçara e pela devoção religiosa.

 

2024: Esperanças renovadas

Com a posse de Adriano Ramos como prefeito, a população espera que as críticas feitas aos gestores anteriores se traduzam em ações concretas. Entre as promessas de campanha, destaca-se um novo modelo de administração para atender às demandas da cidade e melhorar a qualidade de vida.

 


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