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Prefeitura, empresários e caminhoneiros discutem soluções para as filas de caminhões em Paranaguá


Paranaguá convive com inúmeras filas de caminhões há muito tempo. E, com o objetivo de discutir soluções para que esse problema seja resolvido de modo eficaz, as Secretarias de Urbanismo e de Segurança da Prefeitura de Paranaguá se reuniram na sede da Associação Comercial, Industrial e Agrícola (Aciap) na manhã desta terça-feira (11) com empresários, caminhoneiros, vereadores e representantes da sociedade civil. O prefeito Adriano Ramos, acompanhado da vice-prefeita Fabiana Parro, reconheceu o trabalho dos caminhoneiros e dos empresários que são os geradores de empregos numa cidade que bate recordes pelo porto. “Eu estou prefeito e tenho algumas metas pré-estabelecidas. Resolvemos diversas situações que estavam paradas, paralisadas na Prefeitura há muitos anos. E queremos resolver essa questão também”, afirma o prefeito.

Adriano Ramos ainda pediu aos secretários de Segurança, Francisco Nóbrega, e de Urbanismo, Luiz Augusto Pellegrini, para criarem um conselho com o objetivo de discutir esses assuntos. “Nós queremos formar um conselho de representantes de empresários e caminhoneiros, pois quem gera empregos nessa cidade tem o nosso respeito e os caminhoneiros não podem ser penalizados, não podem ser multados porque eles não têm para onde ir e nem onde ficar. Então, temos que respeitar essa categoria, da mesma forma que respeitamos os empresários. Temos que viver em harmonia para o bem da cidade e queremos que todos trabalhem com segurança e tranquilidade”, pondera Adriano Ramos. “Vamos trabalhar também no sentido de que possamos fazer o nosso próprio licenciamento e já começamos a trabalhar nisso”, expõe o prefeito.

De acordo com a Agência Estadual de Notícias (AEN-PR), Paranaguá convive diariamente com uma média de 1,2 mil caminhões por dia. Uma média de 25 empresas alegam ter pátio - essa que é uma condição para receberem o alvará de funcionamento -, entretanto com o início da lei do sistema "empresa fácil", a Prefeitura precisa deferir a consulta prévia para fazer a fiscalização após a emissão do alvará. Todas as empresas que não possuem pátios adequados foram notificadas, contudo está sendo feita uma operação de fiscalização naquela região novamente. “Existem vários fatores, como a falta de organização nas operações. A quebra de equipamento de um terminal pode prejudicar a operação de vários outros, é preciso analisar caso a caso”, esclarece o secretário Luiz Augusto.

O secretário de Urbanismo ressaltou a importância de discutir com todos esse tema e lembrou a situação vivida na Avenida Senador Atílio Fontana. “Nós precisamos organizar os congestionamentos das vias. Existe uma lei que precisa funcionar. Os terminais têm que apresentar espaço interno para os caminhões e não fazer das vias de acesso locais de estacionamento. Recebemos muitas mensagens de apoio logo após a reunião porque há muitos anos, o município não se aproxima dos empresários e caminhoneiros com o objetivo de ajudá-los e a gente vai conseguir”, garante e sugere: “Precisamos buscar uma solução a curto prazo para que o trânsito flua e uma possibilidade é que a inciativa privada posa criar um pulmão, como chamamos, um local para que possam aguardar até serem recebidos pelas empresas e evitar congestionamentos.”

De acordo com o secretário de Segurança, Francisco Nóbrega, a Guarda Civil Municipal (GCM) tem feito o seu papel e o número de notificações caiu comparando com a do ano passado. “Sempre ressaltamos a importância de trazer a GCM para perto da população e assim foi feito com o caminhoneiro. Falando em números, as notificações caíram mais da metade em comparação com 2024. A Guarda está todos os dias trabalhando para agilizar as situações de trânsito na Atílio Fontana e na área portuária”, explica o secretário. “Discutir esse assunto é importante para que seja encontrado uma solução que venha de encontro aos anseios da população, dos empresários e dos caminhoneiros. A cidade cresceu e estrangulou o nosso trânsito e a ideia é que esse conselho, com esses profissionais realize algo concreto para ajudar a nossa cidade”, observa Nóbrega.

Para o diretor de Assuntos Portuários da Aciap, Fábio Jorge, essa parceria encontrará uma solução. “A gente tem uma dificuldade grande de caminhões parados na rua, os acessos também difíceis, são mal sinalizados e com essas ações que o prefeito Adriano está fazendo junto com o secretário Guto, demais empresas e com os caminhoneiros para encontrar uma solução vem num sentido bom”, elogia.

Segundo o gestor da Delta Porto Armazenagem e consultor na BRFértil Fertilizantes, Leandro Klaus, a reunião foi fundamental para abordar o tema. “Os caminhoneiros precisam dos terminais, assim como os terminais precisam dos caminhoneiros e ter um canal de discussão único com a prefeitura é positivo. Afinal, Paranaguá é uma colcha de retalhos, não foi planejada e hoje temos essa falta. O presente que temos é de se pensar em planejar e isso dá trabalho, é difícil fazer gestão pública aqui e corrigir é mais caro ainda, mas queremos ajudar a Prefeitura”, finaliza.
Produzido por Edye Venancio








 

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