Para você que não sabe, a Associação de Moradores da Ilha dos Valadares ou AMIV como é conhecida, existe desde 1979 e está documentada desde 1987 e o seu primeiro presidente foi Luiz Alves dos Santos ou Luiz Sapateiro como era conhecido. Mas se ela existe porque até hoje ela não tem um documento que comprove o seu local de existência? Cadê os documentos e fotos do seu arquivo?
Entrei em contato com Mirian Alaferdoglou (Mirian Mathias) que está na Grécia com seu esposo que visita a família e fiz esses questionamentos. A resposta dela foi essa: "A parte documental da
AMIV, neste momento, estamos com todas certidões negativas para projetos a serem
desenvolvidos em nossa comunidade, inclusive a construção da nova sede, alvará
de funcionamento que há mais de 40 anos nunca teve, o local foi vistoriado pelo
Corpo de Bombeiros. Ainda estamos com dividas exorbitantes de água, devido a um
parcelamento feito por gestão passada".
De acordo com ela a parte documental é de tamanha importância
para uma instituição: "Com tudo regularizado podemos inscrever a AMIV, para patrocínios
de projetos em vários editais que abrem todo ano. Documentada
podemos pedir apoio em
projetos que beneficie toda a comunidade insulana. Embora documentos importantes não
apareçam, tenho certeza que estamos no caminho certo para o progresso da nossa
comunidade".
Outro questionamento que fiz foi porque que até agora a sede da AMIV não foi construída ou iniciada, já que todos sabem que tem local, que ela existe através desses documentos e a sua resposta foi essa: "Único documento que falta e a cessão do espaço que dizem ser da Prefeitura, já protocolamos e o pedido foi
feito pela segunda vez conforme o protocolo 140807/2016. Ah só a título de informação, o primeiro protocolo 5237/2016 deram como indeferido o pedido. A sede
esta lá há mais de 30 anos e precisa ser reformada e ampliada para que sejam
desenvolvidos os projetos naquela comunidade, mas até agora o que existe é uma luta incansável minha. O que precisamos Edye Venancio é disso, além de projetos, os insulanos
anseiam por um espaço maior digno, para reuniões
políticas publica, lazer e geração de
renda para as mães em situação vulnerável".
O que a senhora Mathias deseja não é muito não, o que eu não entendo é como há tanta burocracia, tantos empecilhos, tantas barreiras para uma coisa tão simples de ser realizada e que irá beneficiar uma comunidade de aproximadamente 30 mil habitantes. A luta continua e só nos resta esperar qual será o fim dessa novela.
Texto: Edye Venancio
Fotos: AMIV/Ivan Ivanovick