A Administração dos Portos de
Paranaguá e Antonina (Appa) lançou nesta quarta-feira (18) uma campanha sobre
segurança, educação no trânsito e respeito ao meio ambiente. O objetivo é
alertar e conscientizar os motoristas de caminhões que transitam na área portuária.
A ação - que integra o movimento mundial Maio
Amarelo - orienta os motoristas para que regularizem em seus veículos itens
como freios, pneus, vazamento de cargas e vazamento de óleo. Outros temas
abordados são o respeito às normas de trânsito e à velocidade máxima permitida,
além de normas de segurança no trabalho.
O diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique
Dividino, explica que o objetivo da campanha é prevenir acidentes. “Além dos
veículos leves, em Paranaguá circulam diariamente caminhões que transportam
cargas dos navios para os armazéns e, também, caminhões que trazem cargas de
outras cidades e estados para exportação. O fluxo é constante e intenso. Por
isso, os motoristas devem transitar com veículo adequado e atentos para a
segurança da população”, afirma Dividino.
BLOQUEIO DE CAMINHÕES - O material de divulgação
da campanha Maio Amarelo dos portos do Paraná informa ainda, que o não
cumprimento das normas mencionadas poderá resultar no bloqueio da entrada do
veículo no cais do Porto.
Desde setembro de 2015, a Appa restringe o
acesso aos cais para os motoristas que descumprem as regras de tráfego no Porto
e as normas de trânsito.
“É uma medida que visa a segurança dos
trabalhadores portuários e das pessoas que trafegam pela área portuária.
Queremos evitar acidentes, evitar a poluição das ruas e avenidas e garantir o
cumprimento das normas previstas em área alfandegada”, explica Dividino.
A Unidade Administrativa de Segurança Portuária
é responsável pela fiscalização dos veículos que transitam no cais. Ao todo,
116 veículos já tiveram a sua entrada no Porto de Paranaguá bloqueada.
Entre os motivos para o bloqueio destes
caminhões estão excesso de velocidade na área interna do porto, estacionar em
local proibido, ausência de Equipamento de Proteção Individual (EPI),
documentação irregular e incompleta, desacato aos funcionários da Appa,
vazamento de carga, não portar a Solicitação de Entrada do Veículo (SEV) e
entrar na área alfandegada com acompanhante em veículo de transporte de carga
(norma da Receita Federal).
O primeiro bloqueio ocorre por um período de 15
dias. Caso o veículo seja reincidente na ocorrência, o bloqueio passar a valer
por 30 dias. Já em caso de danos aos equipamentos da Appa, o veículo só é
desbloqueado após a confirmação da recuperação da avaria.
Durante o período de bloqueio, ao tentar
descarregar no Porto, o sistema de controle de acesso identifica pela placa
qual é a situação do veículo e não autoriza a entrada.
A campanha com os motoristas é realizada
diariamente nas balanças de acesso ao cais dos portos do Paraná e também bem no
pátio de triagem de caminhões, área em que os motoristas aguardam ser chamados
para descarregar a carga transportada.
O Porto de Paranaguá recebe em média 800
veículos todos os dias. Em contrapartida, pelo Pátio de Triagem de Caminhões
passam cerca de 2,5 mil caminhões diariamente.
REPERCUSSÃO - O caminhoneiro Jarbas Salvador, 45
anos, faz com frequência a rota de sua cidade natal, Cascavel, para o Porto de
Paranaguá transportando grãos. Ele disse que sempre faz a manutenção no seu
caminhão e procura respeitar as regras de trânsito, mas já teve problema com
outros motoristas que não faziam o mesmo. “Um caminhão sem freio já bateu em
mim aqui na cidade. Sei de amigos que se acidentaram porque outros motoristas
não respeitaram sinalização e o limite de velocidade”, disse.
Segundo Salvador, respeitar estas regras é uma
forma de preservar a própria segurança e de não colocar a vida de mais ninguém
em risco. “No trânsito é assim, você pode fazer tudo certo, mas se um colega é
imprudente você é que pode perder a vida”, alerta o motorista.
Para o caminhoneiro Carlos Roberto Prass,
natural de Marechal Cândido Rondon, a campanha de divulgação e o bloqueio dos
caminhões em situação irregular são muito válidos. “Tem que haver fiscalização
e punição para veículos e motoristas irregulares”, enfatiza Carlos.
O motorista, que carrega soja no Mato Grosso e
descarrega em Paranaguá há oito anos, explica que para os profissionais que
percorrem com frequência longas distâncias, a revisão periódica do caminhão é
prioridade. “No entanto, muitos motoristas que fazem o transporte de cargas em
pequenas distâncias ou dentro da cidade não têm a mesma preocupação e acabam
colocando vidas em risco. Esta ação veio em boa hora”, finaliza Carlos.
Fonte: APPA
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