No dia de hoje, é impossível não lembrar e celebrar a importância histórica
do povo negro brasileiro, cuja trajetória é marcada pela luta, resiliência e
contribuição inestimável para a formação da nação. O legado da escravidão, que
permeia nossa história, é um lembrete constante da necessidade de reconhecer e
valorizar a herança cultural e social dessa comunidade.
A data,
que remete à resistência e à busca por liberdade, nos convida a refletir sobre
as injustiças enfrentadas pelo povo negro ao longo dos séculos e a reafirmar o
compromisso com a promoção da igualdade racial e o combate ao racismo
estrutural.
A
miscigenação étnica que caracteriza a identidade brasileira é resultado direto
da contribuição dos africanos e seus descendentes, cujo sangue perpassa as
gerações, enriquecendo nossa cultura e nossa sociedade.
É
fundamental reconhecer que a cor da pele não determina o valor de um indivíduo,
e sim a sua humanidade. Devemos educar nossos filhos para respeitar e conviver
harmoniosamente com todas as pessoas, independentemente de sua origem étnica.
Neste
dia, é essencial reafirmar nosso compromisso em combater qualquer forma de discriminação
e preconceito, e honrar a memória e a luta daqueles que nos precederam. Somente
assim poderemos construir uma sociedade mais justa, igualitária e inclusiva
para todos os brasileiros.
Texto: Edye Venancio
Foto: pbs.twimg.com/media/CiWUIlzWsAEWmIz.jpg
Dia Nacional da Consciência Negra - O dia 20 de novembro faz menção à
consciência negra, a fim de ressaltar as dificuldades que os negros passam há
séculos.
A
escolha da data foi em homenagem a Zumbi, o último líder do Quilombo dos
Palmares, em consequência de sua morte. Zumbi foi morto por ser traído por
Antônio Soares, um de seus capitães.
A
localização do quilombo ficava onde é hoje o estado de Alagoas, na Serra da
Barriga.
O
Quilombo dos Palmares foi levantado para abrigar escravos fugitivos, pois
muitos não suportavam viver tendo que aguentar maus tratos e castigos de seus
feitores, como permanecerem amarrados aos troncos, sob sol ou chuva, sem água e
sofrendo com açoites e chicotadas. O local abrigou uma população de mais de
vinte mil habitantes.
Ao
longo da história, os negros não foram tratados com respeito, passando por
grandes sofrimentos. Pelo contrário, foram escravizados para prestar serviços
pesados aos homens brancos, tendo que viver em condições desumanas, amontoados
dentro de senzalas.
Muitas
vezes suas mulheres e filhas serviam de escravas sexuais para os patrões e seus
filhos, feitores e capitães do mato, que depois as abandonavam.
As
casas dos escravos eram de chão batido, não tinham móveis nem utensílios para
cozinhar. As esposas dos barões é quem lhes concedia alguns objetos, para
diminuir as dificuldades de suas vidas. Nem mesmo estando doentes eram tratados
de forma diferente, com respeito e dignidade. Ficavam sem remédios e sem
atendimento médico, motivo pelo qual inventaram medicamentos com ervas
naturais, ações aprendidas com os índios durante o período de colonização.
Algumas
leis foram criadas para defender os direitos dos negros, pois muitas pessoas
não concordavam com a escravização. A Lei do Ventre Livre foi a primeira delas,
criada em 1871, concedendo liberdade aos filhos dos escravos nascidos após a
lei. No ano de 1885, criaram a Lei dos Sexagenários, dando liberdade aos
escravos com mais de sessenta anos de idade.
Porém,
com a Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel em 13 de maio de 1888, foi que
os escravos conquistaram definitivamente sua liberdade.
O
grande problema dessa libertação foi que os escravos não sabiam realizar outro tipo
de trabalho, continuando nas casas de seus patrões, mesmo estando libertos. Com
isso, a tão esperada liberdade não chegou por completo.
As
oportunidades de vida que tiveram eram limitadas apenas aos trabalhos pesados,
como não haviam estudado e não aprenderam outros ofícios além dos braçais,
porém, alguns conseguiram emprego no comércio.
O
dia da consciência negra surgiu para lembrar o quanto os negros sofreram, desde
a colonização do Brasil, suas lutas, suas conquistas. Mas também serve para
homenagear àqueles que lutaram pelos direitos da raça e seus principais feitos.
Na
data são realizados congressos e reuniões discutindo-se a história de
preconceito racial que sofreram, a inferioridade da classe no meio social, as
dificuldades encontradas no mercado de trabalho, a marginalização e
discriminação, tratando-se também de temas como beleza negra, moda, conquistas,
etc. (http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-nacional-consciencia-negra.htm)
Fonte: Mundo Educação