A Copel reuniu-se
nesta quarta-feira (20) com pescadores que moram nas ilhas do litoral
paranaense localizadas no Parque Nacional de Superagui. O encontro foi
organizado para apresentar alternativas tecnológicas para levar energia
elétrica às localidades. Além de especialistas da Copel, membros do Ministério
Público do Paraná e do Instituto Chico Mendes (ICMBio) também participaram da
reunião.
O presidente da Copel, Jonel Iurk, disse que
a empresa tem a obrigação de levar energia elétrica a todas as comunidades da
área de concessão, e que as ilhas mais distantes do litoral do Estado merecem
também este benefício. “Como concessionária do serviço público, a Copel tem a
missão de buscar alternativas tecnológicas para superar o desafio das barreiras
naturais e fazer chegar a energia elétrica nas ilhas não atendidas”, afirmou.
Cerca de 200 famílias de pescadores
artesanais demandam energia elétrica na região. Os pescadores alegam que
precisam de tecnologia para fornecimento de energia que suporte, além dos
eletrodomésticos convencionais, freezer para que possam estocar os peixes.
Desde 2009, a Copel tem buscado atender parte
das ilhas com painéis fotovoltaicos (energia solar). No entanto, a capacidade
de consumo destes equipamentos é de 45 kWh, o que não permite a ligação de
freezer. Os pescadores reivindicam que a Copel leve o fornecimento de energia
convencional através de cabos, mas esta alternativa tem esbarrado no
licenciamento ambiental, uma vez que a comunidade fica dentro do parque
nacional do Superagui.
Na reunião, a Copel apresentou aos pescadores
as três alternativas para levar energia elétrica às localidades, que também
serão apresentadas aos órgãos ambientais e patrimoniais a fim de obter o
licenciamento. “Neste ano o Ibama nos pediu que apresentássemos alternativas
para serem avaliadas pelo órgão”, disse Jonel.
Além dos painéis fotovoltaicos com 45 kWh de
capacidade de consumo, a Copel apresentou a mesma opção, porém com tecnologia
atualizada, com até 80 kWh de capacidade de consumo (que atende aos
equipamentos demandados), e a opção de levar cabos subterrâneos e subaquáticos
aos locais.
O presidente da Copel também ressaltou a
importância da participação do Ministério Público no processo. “Com a
colaboração do MP ganhamos agilidade, pois precisamos respeitar as leis
vigentes e temos que enfrentar isso para resolver o problema”, afirmou. “Já
caminhamos parte deste trajeto. E é fundamental que fique claro que o objetivo
de todos é atender à comunidade. Estamos enfrentando os desafios do
licenciamento juntos”, acrescentou.
Fonte: AEN