Apesar do
temor em relação aos impactos do novo coronavírus à economia mundial, os Portos
do Paraná registraram leve aumento na movimentação de cargas no primeiro
bimestre do ano. Em janeiro e fevereiro, cerca de 7,3 milhões de toneladas de
produtos entraram e saíram do país pelos terminais do Estado. Volume 1% maior
que o registrado nos dois primeiros meses de 2019, quando foram 7,2 milhões de
toneladas movimentadas.
“A importação
e exportação pelos portos de Paranaguá e Antonina não foi afetada pelos efeitos
do Covid-19. Em conversa com os operadores de todos os segmentos, não recebemos
nenhum relato de cancelamentos ou atrasos causados em decorrência da doença”,
afirma o diretor de Operação da Portos do Paraná, Luiz Teixeira da Silva
Júnior.
Seguindo o
cenário do mês de janeiro, os segmentos que mais cresceram, em volume
movimentado, foram Granel Líquido e Carga Geral. De cargas líquidas,
registra-se 1,14 milhão de toneladas, na importação e exportação. O volume é
21% maior que as 946,5 mil toneladas do bimestre de 2019.
Na carga
geral, o aumento registrado foi de 13%, comparando as 1,8 milhão de toneladas
de carga e descarga deste ano com 1,6 milhão de toneladas operadas em 2019.
Em
contêineres, a movimentação de janeiro e fevereiro foi 11% maior. Este ano,
foram importados e exportados 141.619 TEUs (a unidade de medida usada para este
tipo de carga). Em 2019, 127.796 TEUs.
O aumento
registrado na soma do volume de açúcar a granel exportado em janeiro e
fevereiro é de 32%. Este ano, 183.300 toneladas foram embarcadas. Em 2019,
138,7 mil toneladas. Em saca, a movimentação foi 47% maior. No bimestre de
2020, 233.457 toneladas. Em 2019, 158,8 mil.
No total, nos
primeiros meses deste ano, 233.457 toneladas de açúcar foram exportadas pelos
portos paranaenses. Os principais destinos foram Argélia, Malásia e Guiné.
SETOR – A
principal operadora do açúcar a granel, no Porto de Paranaguá, é a empresa
Pasa. Segundo o supervisor administrativo e financeiro, Osvaldo Inácio da Silva
Junior, o aumento pode estar ligado a questões comerciais. “Provavelmente, se
deu por questões como tarifas, cotação do dólar, disponibilidade navios”, diz.
Segundo ele,
eventualmente alguns embarques têm como destino a China, o que não aconteceu
nos últimos meses. “Tanto no 1º bimestre de 2019, quanto no 1º bimestre deste
ano, não tivemos embarque de açúcar com destino à China. Desta forma, não
sentimos ainda os efeitos da epidemia em nossos negócios”, afirma.
De acordo com
o gerente de operações da Pasa, Eric de Souza, mais de 90% do volume de açúcar
recebido pela empresa – principal exportadora do açúcar no Porto de Paranaguá –
chega em trens da região Norte do Estado, principalmente Maringá e Londrina.
ATRACAÇÕES –
No primeiro bimestre de 2020, foram 344 atracações de navios, sendo 121 de
contêineres, 119 de granéis sólidos, 74 de líquidos, 16 de veículos (Ro-ro e
PCC) e 14 de carga geral, principalmente celulose.
Do total de
navios que atracaram nos portos paranaenses, em janeiro e fevereiro, 15 tiveram
como país de destino a China e apenas seis vieram do país asiático.
No mesmo
período, em 2019, foram 330 atracações nos portos do Paraná. Destes, dois
vieram da China e quatro foram para lá.
Fonte: Portos do Paraná