Apesar do encolhimento do emprego formal, houve
melhora em relação a abril, quando haviam sido fechados 860.503 postos. A
retração de empregos totaliza 1.144.118 de janeiro a maio.
Setores
Na divisão por ramos de atividade, quatro dos cinco
setores pesquisados fecharam empregos formais em maio. A estatística foi
liderada pelos serviços, com a extinção de 143.479 postos, seguido pela
indústria (de transformação, de extração e de outros tipos), com 96.912 postos
a menos. Em terceiro lugar, vem o comércio com o fechamento de 88.739 postos de
trabalho.
O nível de emprego diminuiu na construção civil com
o fechamento de 18.758 postos. Somente o grupo que abrange agricultura,
pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura criou empregos com carteira
assinada no mês passado, com a contratação de 15.993 pessoas.
Destaques
Nos serviços, a extinção de empregos foi puxada
pelo segmento de alojamento e alimentação (que engloba hotéis e restaurantes),
com o fechamento de 54.313 postos formais. A categoria de serviços de
informação, comunicação e atividades financeiras, atividades imobiliárias,
profissionais e administrativas fechou 37.687 vagas.
Na indústria, o destaque negativo ficou com a
indústria de transformação, que demitiu 94.236 trabalhadores a mais do que
contratou. Em segundo lugar, ficou a indústria de água, esgoto, atividades de
gestão de resíduos e descontaminação, que fechou 2.209 vagas.
As novas estatísticas do Caged, apresentadas desde
o mês passado, não detalham as contratações e demissões por segmentos do
comércio. A série histórica anterior separava os dados do comércio atacadista e
varejista.
Regiões
Todas as regiões brasileiras extinguiram empregos
com carteira assinada em maio. O Sudeste liderou o fechamento de vagas, com
180.466 postos a menos, seguido pelo Sul com menos 78.667 postos e pelo
Nordeste com menos 50.272 postos. O Centro-Oeste fechou 12.580 postos de
trabalho e o Norte extinguiu 10.151 postos formais no mês passado.
Na divisão por unidades da Federação, apenas o Acre
registrou saldo positivo, com a criação de 130 vagas com carteira assinada. As
maiores variações negativas ocorreram em São Paulo com o fechamento de 103.985
postos; Rio de Janeiro, 35.959 postos; Minas Gerais, 33.695 postos, e Rio
Grande do Sul, 32.106 postos de trabalho.
Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil – Brasília
Imagem: Fernando Frazão/Agência
Brasil
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