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Apesar da crise, iniciativa privada aposta no Porto de Paranaguá

O Porto de Paranaguá contrasta com o cenário econômico nacional. Enquanto os investimentos no Brasil estão em queda, a iniciativa privada vai investir R$ 1,1 bilhão no porto paranaense em 2016, segundo o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Luiz Henrique Dividino. De acordo com ele, em apenas um dos projetos previstos para ampliar a capacidade de exportação no Porto estão sendo investidos cerca de R$ 300 milhões.

Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que a Formação Bruta de Capital Fixo fechou o terceiro trimestre de 2015 em queda de 15% em relação ao mesmo período de 2014. O índice representa o quanto foi investido no país em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) e mostra uma forte retração nos investimentos ao longo dos últimos meses.

No entanto, o Rocha – um dos Terminais Portuários e Logística que atuam no Porto de Paranaguá - acaba de iniciar a construção de seus silos horizontais para operar na exportação de granéis sólidos (soja, milho e farelo) no porto paranaense. Atualmente, o Rocha opera, principalmente, na importação de granéis sólidos e possui um armazém arrendado e alfandegado de carga geral no Porto.

De acordo com o diretor-presidente do Terminal Rocha, Jorge Henrique Sampaio, a empresa também opera nos Portos de São Francisco do Sul, Itaqui e Rio Grande. No entanto, apenas em Paranaguá está fazendo investimentos deste porte.

“Nós apostamos muito no Porto de Paranaguá e na sua importância para o cenário brasileiro. O Porto paranaense evoluiu muito nos últimos anos e conseguiu se manter na liderança de exportação e importação”, afirmou Jorge Henrique.

O COMPLEXO - O novo projeto contempla a construção de quatro silos horizontais para a movimentação de granéis agrícolas, com capacidade estática total de aproximadamente 300 mil toneladas e que serão conectados com as esteiras transportadoras do Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá. O potencial é para movimentar mais de 6 milhões de toneladas de grãos por ano.

Além disso, o complexo contará com um sistema de recepção diária de cargas para aproximadamente 471 caminhões do tipo bitrem e 210 vagões, quatro balanças rodoviárias e quatro balanças ferroviárias.

“Com estes investimentos autorizados pela Appa esperamos atender melhor em menor tempo os produtores rurais e clientes do Porto de Paranaguá”, disse Luiz Henrique Dividino.

Os armazéns estarão interligados ao Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá através de quatro esteiras transportadoras com capacidade nominal de 2 mil toneladas/hora, podendo atender dois navios simultaneamente e operar com dois tipos de produtos diferentes.

Para atender o fluxo de caminhões que chegará ao complexo para descarregar cargas, será construído um pátio de triagem e estacionamento em uma área própria da empresa, com 22 mil metros quadrados.

A construção desta estrutura - incluindo a movimentação, recepção, armazenagem e embarque de granéis sólidos de exportação - está sendo feita em terrenos privados do Rocha. A expectativa é que as operações iniciem no primeiro semestre de 2017.

SEGURANÇA PARA INVESTIR - O diretor-presidente do Rocha afirma que os investimentos demonstram a segurança que o Porto conquistou junto à iniciativa privada.

Entre as melhorias mencionadas pelo executivo estão a reforma do cais, campanhas de dragagem e os projetos para construção de novos píeres, o aumento do pátio de triagem, a aquisição de novos shiploaders e a repotencialização das atuais esteiras transportadoras. “Com isso, mesmo em um período de crise no país, vamos apostar em Paranaguá e gerar mais postos de trabalho para a cidade e aumentar a movimentação de cargas para o Porto”, disse o presidente do Rocha.


Fonte: APPA

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