Estudo da
Secretaria Estadual da Saúde divulgado nesta quarta-feira (02) revela que,
atualmente, 295 municípios registram a presença do mosquito transmissor da
dengue, o Aedes aegypti. O que mais preocupa é que 110 cidades estão em estado
de alerta de infestação e outras 21 têm alto risco de epidemia. A importância do controle do Aedes aegypti não se
limita apenas à dengue. O mosquito também é responsável pela transmissão da
febre chikungunya e da zika, uma nova doença relacionada ao surto de
microcefalia no país.
Para a chefe do Centro Estadual de Vigilância
Ambiental, Ivana Belmonte, a situação é de alerta, pois agora existe uma
tríplice ameaça. “O Aedes aegypti transmite três doenças graves, que vêm
causando mortes e sérios problemas aos doentes em todo o país. Por isso, o
momento é de focar na prevenção, eliminando todo tipo de criadouro do
mosquito”, afirmou.
De acordo com o levantamento, é considerado de
alto risco todo município que apresentar índice de infestação predial (IIP)
superior a 4%. Isso significa que a cada 100 domicílios visitados pelas equipes
de saúde, pelo menos quatro tiveram focos do mosquito.
Assim como em anos anteriores, as cidades em
situação mais crítica estão nas regiões noroeste, norte e oeste do Estado. A
chegada do verão e das altas temperaturas reforça ainda mais a necessidade de
se intensificar as ações de combate ao mosquito, visto que o clima quente
favorece a proliferação do inseto.
FUMACÊ – Junto às atividades de conscientização da
população, para que as pessoas cuidem de suas casas e quintais, o governo
estadual também desenvolve um trabalho de combate ao mosquito adulto, através
das caminhonetes do fumacê.
Os veículos realizam a aplicação de inseticidas
que matam o Aedes aegypti em sua forma adulta (alada), reduzindo os índices de
infestação. “O Fumacê só é utilizado quando fracassou a eliminação dos
criadouros. O ideal é evitar que as larvas se transformem em mosquitos e
transmitam as doenças”, ressalta Ivana.
Neste mês de dezembro, a ação está acontecendo
inicialmente em Foz do Iguaçu e Londrina. Ao todo, 22 veículos do Estado estão
sendo utilizados no trabalho, que percorre todos os bairros das cidades e é
realizado simultaneamente a mutirões de limpeza.
A coordenadora do Programa Estadual de Controle da
Dengue, Themis Buchmann, ressalta que este período que antecede o verão é ideal
para que as prefeituras se mobilizem e organizem ações educativas junto à
população. “Combater este mosquito é um dever de todos. É preciso que o poder
público e a comunidade se unam para que as ações sejam mais efetivas, principalmente
agora antes das férias”, disse.
DIA D – No dia 9 de dezembro, o Estado vai
organizar, em parceria com os municípios, uma grande mobilização para convocar
a sociedade a também entrar na luta contra o mosquito. A data foi escolhida por
causa do Dia de Ação contra a Dengue, lembrada todo dia nove de cada mês.
Fonte: AEN
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