Um homem, de 59 anos, foi preso em Matinhos, no Litoral do Paraná,
por exercer irregularmente a medicina. O falso ginecologista atuava há um ano
na cidade paranaense. Ele atendia as pacientes em uma clínica particular e foi
preso em flagrante com documentos falsos durante uma consulta. O suspeito já
havia sido preso pelo mesmo crime no ano passado na cidade de Vilhena, em
Rondônia.
O
delegado de Matinhos Messias Antônio da Rosa, disse à Gazeta do Povo que ele
apresentou um documento em nome de um médico aposentado do estado de Rondônia.
A foto que consta no documento é do homem preso. Ele usava o registro falso
para exercer de forma ilegal a ginecologia. “O documento é falso. Eu fui
pessoalmente à clínica e perguntei o nome dele. Como já tínhamos documentos
prévios que comprovam o crime, dei voz de prisão a ele.”, disse Messias.
O falso
médico vai responder pelos crimes de falsidade ideológica e exercício ilegal da
medicina. Ele já foi condenado sete vezes por estelionato, uso de documento
falso e falsificação de documento público.
A
reportagem da Gazeta do Povo entrou em contato com o médico que teve os
documentos “clonados” , que vive em Porto Velho, está aposentado e completa 70
anos neste sábado (14). “Estou inconformado com essa situação. Eu conheço esse
cidadão. Ele trabalhou comigo em uma obra em Rondônia. Aqui [em RO] ele mentiu
que era médico do trabalho. Peguei carona com ele algumas vezes. Ele deve ter
copiado meus documentos para cometer esse crime no Paraná”, disse.
Em nota,
o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) informou que a prática da
medicina por pessoa inabilitada expõe a grande risco a população e até mesmo os
colegas de profissão, razão pela qual devem ser tomadas medidas para evitar
essa situação que vem tomando corpo no Brasil. Está em processo de implantação
plataforma de cadastro de médicos de todo o país, com exposição de fotografia e
dados – o que tende a facilitar as consultas pelos contratantes e os próprios
usuários dos serviços e inibir a ação de médicos não habilitados para o
exercício da atividade. O CRM-PR afirmou ainda o diretor-técnico da clínica que
contratou o falso médico pode ser punido pelo órgão.
Gazeta do Povo/ Oswaldo Eustáquio
Fotos: WhatSapp
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