O tráfico de drogas no litoral
do Paraná sofreu um forte golpe nesta sexta-feira (27). Integrantes da
principal quadrilha responsável por abastecer a região foram alvos de uma
operação coordenada pela Divisão de Narcóticos (Denarc), da Polícia Civil. Dez
pessoas foram presas, além de drogas, armas, munição, cerca de R$ 5 mil em
dinheiro e balanças de precisão foram apreendidos. Três pessoas estão
foragidas.
Ao longo das investigações,
outras nove pessoas haviam sido presas – totalizando 19 criminosos – e cerca de
100 quilos de drogas entre maconha, cocaína e crack saíram de circulação.
Sessenta policiais participaram
da ação para cumprir 52 mandados judiciais – sendo 22 de prisão, 24 de busca e
apreensão e outros seis de sequestro de veículos utilizados pela organização
criminosa. Os alvos estavam em Curitiba, Paranaguá, Matinhos, Pontal do Paraná
e na cidade de Pato Bragado, região Oeste do Paraná.
“Mais uma vez a Denarc age com
extremo profissionalismo, aplicando os princípios de ação controlada,
identificaram as lideranças, descobriram as rotas, efetuaram flagrantes,
identificaram o patrimônio da quadrilha, ou seja, uma operação completa que de
fato vai interromper a ação”, avaliou o secretário estadual da Segurança
Pública e Administração Penitenciária, Wagner Mesquita.
“Em relação a essas facções que
atuam no Brasil inteiro e no Paraná também, é importante manter ações como
essa. Além do acompanhamento das comunicações e das ações da facção, é
importante identificar e interromper a atividade do tráfico. Só assim vamos
acabar com o financiamento das atividades das facções. E foi exatamente esse o
objetivo da ação deflagrada hoje”, acrescentou o secretário.
Três dos mandados foram
cumpridos dentro do sistema penitenciário. Um dos alvos foi apontado pela
Denarc como chefe da quadrilha. Preso na Penitenciária Estadual de Piraquara,
ele já foi condenado pelos crimes de roubo, latrocínio, porte de armas e
tráfico de drogas. Ele teria função de liderança dentro de uma organização
criminosa que atua dentro e fora dos presídios.
Toda a negociação para a compra
da droga e o comando e coordenação dos pontos de venda no Litoral passava por
ele. Na mesma cela de dele, estava um sócio, que foi condenado pelos crimes de
falsificação de documento público, homicídio e tráfico de drogas.
“De dentro da penitenciária
toda a logística era organizada. Essa droga vinha de Foz, comprada de outro
preso, chegava a Curitiba e era transportada por outro integrante que a levava
para ser distribuída no Litoral. Era uma quadrilha muito ativa. O líder se
intitulava o rei de Pontal do Paraná, em relação ao comércio de drogas”,
explicou a delegada Camila Cecconello.
O Rei de Pontal era detido na
Penitenciária de Foz do Iguaçu e com condenações pelos crimes de homicídio e
tráfico de drogas, que enviava drogas para diversos traficantes dos Estados do
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
No Litoral, o encarregado de
atender as ordens do chefe da quadrilha e coordenar o tráfico de drogas tem
passagem pela polícia por tráfico de drogas, e tinha como função dentro da
quadrilha articular toda rede criminosa de distribuição de entorpecentes no
Litoral.
Ele recebia quinzenalmente a
droga enviada de Curitiba para o Litoral. As pessoas responsáveis por este
transporte também roram alvos de mandados de prisão.
Participaram da operação
policiais civis da Denarc de Curitiba, de Ponta Grossa e de Cascavel, do Centro
de Operações Policiais Especiais (Cope) e da Delegacia de Paranaguá.
Fonte: AEN