Nesta sexta-feira (26), a greve dos servidores da Justiça Federal completou um mês em todo o país. Durante a paralisação, os serviços têm funcionado com apenas 30% do efetivo, conforme determina a legislação, resultando em maior lentidão nos atendimentos. Apesar das portas estarem abertas, a agilidade habitual foi comprometida.
Em uma assembleia realizada em Paranaguá, Jonas Tomas Ruppert, técnico judiciário e coordenador do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Paraná (Sinjuspar), manifestou sua insatisfação com a proposta do governo. O reajuste oferecido prevê aumentos escalonados: 5% em 2016, 5% em 2017, 4,75% em 2018 e 4,5% em 2019. Segundo Ruppert, a proposta está aquém das expectativas, especialmente considerando a previsão de inflação de 8%, o que resultaria em uma perda de 3% no poder de compra dos servidores.
Os trabalhadores estão sem reajuste salarial desde 2006 e reivindicam a recomposição inflacionária para manter o mesmo poder aquisitivo de 18 anos atrás. Ruppert enfatizou: "Nenhum trabalhador, seja da iniciativa privada ou servidor público, deve ficar com o seu salário defasado. Não estamos pedindo aumento, mas a recomposição inflacionária."
Na próxima terça-feira (30), o Senado votará o projeto de lei que trata do reajuste salarial. Caso não seja sancionado pela então presidente Dilma Rousseff, os servidores poderão deflagrar uma nova greve, desta vez por tempo indeterminado.
Texto: Edye Venancio

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