Sinjutra/PR
Nem um passo atrás é a resposta dos servidores da Justiça do
Trabalho do Paraná ao veto presidencial do PLC 28/2015
Com a capacidade do auditório da Escola Judicial em Curitiba
totalmente tomada, assembleia dos servidores da Justiça do Trabalho do Paraná
decide por "unanimidade" pela continuidade da greve no estado. Dos
269 presentes, 268 votaram pela manutenção da greve e houve uma abstenção.
Em novo momento decisivo no que se refere à definição dos
rumos da greve, servidores da Justiça do Trabalho do Paraná lotaram o auditório
e mandaram um recado para o Executivo: lutaremos até a derrubada do veto
presidencial.
Indignados com o veto presidencial ao PLC 28/2015, os
servidores avaliaram que o momento é de concentrar todas as forças para
conseguir reverter a situação e implementar o projeto sem rebaixamentos.
Os servidores do Paraná não aceitam acordo para rebaixar os
valores do projeto, afinal o que pedem é apenas a reposição dos índices
inflacionários subtraídos de seus salários ao longo de nove anos sem o reajuste
no Plano de Cargos e Salários.
O coordenador do sindicato Miguel Szollosi conduziu a
assembleia que, além da capital e Região Metropolitana, contou com a
participação de representantes de Toledo, Guarapuava, Ponta Grossa, Francisco
Beltrão, Campo Mourão e Londrina. Manifestações sobre a continuidade da greve
também vieram de Foz do Iguaçu e Maringá, que não puderam enviar
representantes.
A servidora Mariana Rebouças ressaltou que a categoria deve
reagir à altura o descaso do governo e do Judiciário com relação ao projeto dos
servidores. Ela esteve em Brasília para
a reunião do Comando Nacional de Greve (CNG) ao lado de Miguel e do servidor de
Maringá Jeferson Nunes.
Da mesma forma, opinou o servidor Rodrigo Oliveira, da
informática de Curitiba. Para ele, continuar na greve "é uma questão de
honra". "Chamamos o Executivo para briga, não podemos recuar
agora".
Os representantes de Ponta Grossa relataram que a decisão de
continuar em greve na cidade é unânime e que manifestações de novas adesões
surgiram após a publicação do veto.
Para a servidora Malu Tomaz, coordenadora do Sinjutra e
representante de Londrina, o momento é "para tudo ou nada, não dá para
recuar".
Os representantes de Toledo, Guarapuava e Francisco Beltrão
também defenderam a continuidade da greve.
A discussão sobre o veto e as peculiaridades que envolve a
derrubada permeou boa parte dos debates durante assembleia. Alguns pontos foram
esclarecidos como:
-Para que o veto seja derrubado é necessária reunião
extraordinária das duas casas legislativas;
- Os presidentes do Senado e da Câmara Renan Calheiros
(PMDB/AL) e Eduardo Cunha (PMDB/RJ), respectivamente, têm a prerrogativa de
convocar sessões para analisar os vetos presidenciais;
- Líderes partidários em conjunto também podem convocar
sessões a qualquer momento;
Em linhas gerais, a convocação ocorre por acordo político
entre as lideranças e bancadas da Câmara e do Senado, mas é feita pelo
Presidente do Congresso Nacional Senador Renan Calheiros (PMDB/AL).
Fonte: Fenajufe
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