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Ilha dos Valadares: "Cadê a bendita da ambulância?"

A precariedade no atendimento de saúde na Ilha dos Valadares, em Paranaguá, gerou revolta entre moradores e trabalhadores locais após uma emergência envolvendo uma aluna do Colégio Estadual Cidália Rebello Gomes. Durante a manhã, a estudante sofreu uma convulsão e apresentou escoriações no rosto e na boca, enquanto professores e funcionários desesperados buscavam ajuda imediata.

Sem uma ambulância disponível na Ilha, a equipe escolar acionou a Guarda Municipal, que apesar da boa vontade, não tinha como socorrer a vítima. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi chamado, mas a espera pela chegada de uma ambulância foi angustiante.

Juliana Quintino Rosin, que trabalha na Ilha, desabafou em suas redes sociais: “Hoje pela manhã, uma aluna convulsionou e sofreu algumas escoriações no rosto e boca. Chamamos a Guarda Municipal, que nada podia fazer, e ligamos para o SAMU, que demorou muito tempo para chegar. A mãe chorava, pedindo que não deixássemos a filha morrer no chão da escola. Infelizmente, a nossa Ilha está abandonada.” 

A postagem ainda destacou que a ambulância enviada pelo SAMU apresentava condições inadequadas para o atendimento. Segundo Juliana, “minutos podem salvar vidas, e a demora foi impressionante”.

A situação expõe a fragilidade do sistema de saúde na Ilha dos Valadares, onde vivem cerca de 30 mil pessoas, que frequentemente enfrentam dificuldades para acessar serviços de emergência. Moradores e trabalhadores cobram respostas das autoridades e investimentos que garantam suporte adequado à comunidade.




Texto: Edye Venancio

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