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Portos do Paraná receberão novas obras de dragagem

O governador Beto Richa assinou nesta terça-feira (6) o contrato para a obra de dragagem de manutenção dos canais de acesso aos portos paranaenses. O contrato, no valor de R$ 156,9 milhões, prevê a dragagem no canal de acesso, na bacia de evolução e nos berços do cais comercial do Porto de Paranaguá e do Porto de Antonina.

Com esta iniciativa, chega a R$ 939,9 milhões o volume de investimentos feitos no Porto de Paranaguá, de 2011 para cá. “É o maior pacote de investimentos das últimas décadas”, afirmou o governador Beto Richa. Ele mencionou, além do atual contrato, os R$183 milhões autorizados recentemente para modernização dos berços 201 e 202, a reforma do cais (R$ 89 milhões) e os R$ 511 milhões aplicados para melhorar a infraestrutura e logística.

“Foram inversões feitas nos últimos quatro anos para tornar o terminal paranaense um dos mais competitivos do País”, afirmou o governador. “A melhoria da infraestrutura e da gestão do Porto de Paranaguá faz parte da política de desenvolvimento econômico do nosso governo, que abrange também incentivo para atração de novos empreendimentos e investimentos na infraestrutura”, disse Richa.

O volume total a ser dragado é de 7,360 milhões de metros cúbicos - o equivalente a nove estádios do Maracanã - e vai restabelecer a profundidade de projeto dos canais e berços. O prazo de execução da obra é de 12 meses e será feito pela empresa DTA Engenharia.

O secretário de Estado da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, afirmou que o investimento terá reflexo direto na competitividade do terminal portuário paranaense. “A obra é fundamental para que o porto continue recebendo grandes navios que fazem o comércio de cargas ao redor do mundo”, disse o secretário. O número de navios com mais de 300 metros de comprimento que chegam aos portos paranaenses, anualmente, aumentou de 17 em 2011 para 151 em 2014.

VANGUARDA - Para o Capitão dos Portos do Paraná, comandante Renato Pericin Rodrigues da Silva, a nova campanha de dragagem de manutenção nas baias de Paranaguá e Antonina coloca os portos paranaenses na vanguarda da navegação no Brasil. "Isso porque as dragagens de manutenção são fundamentais para garantirmos a segurança da navegação. Fiz questão de estar aqui neste momento para reforçar a importância desta ação da Administração dos Portos e do Governo do Estado", relatou o comandante.

O diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino, explicou que, atualmente, o Porto de Paranaguá recebe linhas semanais regulares de navios com 336 metros de comprimento por 51 metros de largura.

“A manutenção destas linhas depende da dragagem e da segurança da navegação. Pretendemos, para o início de 2016, realizar a operação com o maior navio de contêineres que já atracou na costa atlântica, sul americana, de 386 metros de comprimento por 52 metros de largura”, informou ele.

GALHETA - O assoreamento dos canais de navegação é um fenômeno natural de recomposição dos materiais no fundo dos canais. O Canal da Galheta, que dá acesso aos portos do Paraná, é artificial e foi aberto na década de 1970, o que possibilitou ao Porto de Paranaguá se posicionar como o segundo maior porto público da América Latina, e uma das maiores plataformas de exportação de grãos do mundo.

Com campanhas de dragagem de manutenção programadas, e continuadas, o canal de acesso externo (área Alfa) continuará proporcionando os 15 metros de profundidade e o canal de acesso interno (áreas Bravo 1 e Bravo 2) terá profundidades entre 13 a 13,5 metros.

Já no Porto de Antonina, a dragagem vai manter a profundidade do canal de acesso e da bacia de evolução (áreas Delta 1 e 2) entre 9 metros e 9,5 metros.

EL NIÑO - O início das dragagens está sendo antecipada por conta do fenômeno “El Niño”, que em 2015 está sendo considerado um dos mais impactantes da história, interferindo no regime de assoreamento e exigindo da Appa cuidados especiais para manutenção da segurança da navegação.

O despejo do material dragado será feito na área externa da baía, distante das praias, sendo que todo este processo é controlado de forma a garantir que não ocorrerão interferências ambientais.


Fonte: APPA

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