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Prefeito de Paranaguá pressionado disse que não irá pegar seus 15 dias de férias

O prefeito Edison Kersten, de Paranaguá, reconsiderou sua decisão de se ausentar do cargo para tirar férias em meio a uma série de crises enfrentadas pela cidade. Kersten, que buscará a reeleição em 2016, havia anunciado sua ausência por 15 dias, programada para iniciar em 27 de novembro e encerrar em 10 de dezembro. Contudo, o pedido de licença, que já havia sido aprovado pela Câmara de Vereadores, foi cancelado de última hora, surpreendendo a todos.

A decisão inicial de Kersten foi fortemente criticada pelos meios de comunicação e pela população, especialmente devido à gravidade das crises que assolam Paranaguá. A cidade enfrenta mais de 130 casos de dengue, tendo inclusive decretado situação de calamidade pública. Além disso, há o escândalo envolvendo suposta extorsão de funcionários comissionados e diversas obras inacabadas.

Em uma carta enviada ao presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Josias Ramos, Kersten justificou sua mudança de posição. Ele declarou que, apesar de não ter gozado de nenhum período regular de férias durante seus 2 anos e 4 meses de mandato, decidiu declinar da oportunidade de se licenciar. Segundo ele, as obrigações inerentes ao cargo e as crises enfrentadas pela cidade o impedem de se afastar das funções no momento atual.

Kersten enfatizou a importância de sua presença para liderar as ações de combate à dengue e para esclarecer de maneira transparente os fatos relacionados ao escândalo de extorsão envolvendo servidores municipais. Ele reconheceu que é essencial resolver essas questões para preservar sua imagem como administrador, especialmente diante da iminente campanha pela reeleição.

A decisão de Kersten foi vista como sábia por alguns, porém, agora cabe ao prefeito buscar soluções para os desafios que enfrenta, visando restabelecer a confiança da população e garantir uma gestão eficaz em meio às crises que assolam Paranaguá.

Para muitos, pegar férias em pleno surto de dengue numa cidade como Paranaguá, carente de tudo e que não vem fazendo o que deveria fazer para conter os avanços dessa proliferação, é algo vergonhoso. A pressão da população surtiu efeito.



Texto: Edye Venancio
Fotos: PMP

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