O Departamento
de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) possui função
estratégica para o combate à epidemia de dengue de Paranaguá. De acordo com o
Isabele Antoniacomi, enfermeira do departamento, o setor recebe notificações de
possíveis casos da doença de todas as unidades de saúde, bem como do Pronto Atendimento
24 horas da Baduca. As informações são cadastradas em um sistema constantemente
atualizado com as confirmações de pacientes com dengue, bem como os casos
suspeitos. Essa análise permite traçar ações contra a doença antes mesmo da
confirmação do diagnóstico.
Segundo a enfermeira Isabele Antoniacomi, há um
cadastro constante das notificações de suspeita da dengue, com coleta de sangue
e posterior envio para o Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen), que
após cerca de 20 dias confirma ou não o diagnóstico positivo de dengue. Nos
casos de pacientes do quadro de risco (crianças, idosos e pessoas com doenças
crônicas), é feito o teste rápido que demora menos de 24 horas para o
resultado, com posterior cadastro no sistema. As notificações e casos confirmados da doença são cadastrados no Gerenciamento de Ambiente Ambulatorial (GAL) e no Sistema Nacional de Informações de Agravos de Notificação (Sinam). O GAL é um sistema de informações monitoradas no processo laboratorial, com cadastros de amostra de laudos médicos dos pacientes, enquanto o Sinam registra e processa dados de notificações de doença em todo o país, contribuindo para a tomada de decisões no enfrentamento à dengue em Paranaguá, assim como no estado e no Brasil. Ambos os sistemas passam à Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) e ao Ministério da Saúde um panorama detalhado da dengue em Paranaguá.
INFORMAÇÕES CADASTRADAS PELOS PACIENTES NAS UNIDADES DEVEM
SER ATUALIZADAS PARA COMBATE EFETIVO EM CADA CASO Uma das preocupações do Setor de Epidemiologia da
Semsa é o acompanhamento de cada caso de suspeita de dengue em Paranaguá. “Após
recebermos as notificações de pacientes com suspeita de dengue, encaminhamos as
coletas para diagnóstico e em dez dias entramos em contato via telefone com os
cidadãos possivelmente diagnosticados com a doença para sabermos se houve a
cura da dengue ou se a doença agravou”, afirma a enfermeira Isabele.

Isabele Antoniacomi ressalta que já houve casos no
qual o acompanhamento feito pela Epidemiologia permitiu a detecção de pacientes
que estavam com quadro clínico de dengue agravado, algo que possibilitou o seu
encaminhamento ao Hospital Regional do Litoral (HRL) para tratamento e
posterior cura. “É de importância máxima que todos os cidadãos que se dirijam à
Baduca ou às unidades com suspeita de dengue e concedam informações atualizadas
e válidas de endereço, nome e telefone, para assim podermos fazer o
acompanhamento. Os dados são guardados com sigilo total e não são divulgados”,
completa.
“O controle constante do quadro dos pacientes é
positivo não somente para os cidadãos com suspeita de dengue, como também para
o município, que pode ter um quadro geral da situação da epidemia de dengue em
Paranaguá para definição de ações pontuais no combate e na prevenção da
doença”, finaliza Isabele Antoniacomi.
Fonte: PMP
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