A
Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) desenvolve, de maneira
inédita, o primeiro programa de monitoramento da atividade pesqueira nos
municípios do entorno: Pontal do Sul, Paranaguá e Antonina. A ação faz parte do
Plano de Controle Ambiental do Porto de Paranaguá, condicionante prevista na
Licença de Operação emitida pelo Ibama em 2013, referente a sua regularização
ambiental. Para a organização do banco de pesca - que aponta a realidade da atividade no litoral do Paraná - em especial, na Baía de Paranaguá, funcionários realizam diariamente a coletada de dados em sete locais onde chegam os pescados que serão comercializados. Os locais monitorados são: Mercado Público de Antonina, Portinho, Praia dos Polacos, Ponta da Pita, Vila dos Pescadores de Pontal do Sul, Mercado Público de Paranaguá, Ilha dos Valadares e Vila Guarani.
Nos anos
de 2014 e 2015, o monitoramento apontou o desembarque de 636 toneladas de pescados nas comunidades onde é feita a coletada de dados, sendo 396 toneladas
de pescados em 2014 e 223 toneladas em 2015. O volume de produtos
comercializados em dúzias como, por exemplo, ostras e outros crustáceos somaram
62.229 dúzias. Entre as espécies desembarcadas pelos pescadores estão o camarão
sete barbas, pescada membeca, baiacu, tainha, camarão branco, corvina, bacucu,
carne de siri, pescada branca, linguado, bagre, pescada e salteira
.
“Este é o
primeiro banco de dados para monitoramento da pesca pelo Porto de Paranaguá e
que permite contabilizar os dados de todas as colônias de pescadores existentes
nas áreas de abrangência do Porto de Paranaguá”, explicou o diretor-presidente
da Appa, Luiz Henrique Dividino. Segundo ele, os dados são fundamentais para a
tomada de decisão no que se refere ao número de pecadores que atuam na baía de
Paranaguá e Antonina, os petrechos de pesca utilizados e o volume da produção
pesqueira por comunidade.
Superagui
aparece em primeiro lugar no desembarque de pescados, seguido pela Ilha dos
Valadares (2º), Ilha das Peças (3º), Almeida (4o), Praia dos Polacos (5º), Ilha
Rasa (6º), Pontal do Sul (7º-), São Miguel (8º), Portinho (9º) e Piaçaguera
(10º). Abaixo das dez primeiras colocações, estão as comunidades da Ponta da
Pita, Medeiros, Amparo, Paranaguá, Maciel, Ilha do Teixeira, Eufrasina, Antonina
e Europinha.
Seminários
– Os resultados do monitoramento da pesca realizado pela Appa são apresentados
semestralmente para os pescadores e para a população que vive nas comunidades
pesqueiras, com a realização de Seminários. Além disso, os pescadores recebem
informações sobre os dados obtidos através do monitoramento a legislação
pertinente às áreas de restrição de pesca, petrechos autorizados e períodos de
defeso. Neste encontro a comunidade pesqueira é convidada a discutir e
participar do processo, dialogando sobre as percepções em relação ao conteúdo
apresentado.
Em 2015,
a Appa realizou o Seminário da Pesca em Pontal do Paraná, nas comunidades de
Pontal do Sul e Ilha do Maciel; em Paranaguá, nas comunidades de Ilha do
Teixeira, Vila São Miguel, Eufrasina, Europinha, Piaçaguera, Amparo, Ilha dos
Valadares e Vila Guarani; e em Antonina, nas comunidades do Mercado Público de
Antonina e Portinho, Ponta da Pita e Praia dos Polacos. Ao todo, participaram
dos Seminários 144 pescadores e centenas de moradores, que puderam apresentar
sugestões para o monitoramento.
O diretor
de Meio Ambiente da Appa, Marco Aurélio Ziliotto, explica que a intenção é
mobilizar as comunidades para resolver os conflitos socioambientais.
“Estamos
incentivando a autonomia e a participação dos pescadores para que eles mesmos
possam gerenciar os recursos naturais que utilizam”, reforça Ziliotto. Para
isso, são desenvolvidas ações como palestras, oficinas, mutirões de limpeza e
informação, reuniões e articulação com outras instituições para atender
demandas específicas, de acordo com a realidade local.
Fonte: APPA
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