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Mais de 500 pessoas na Ilha da Cotinga: Dom Edmar Peron e Padre Binu Joseph celebraram Santa Missa


Na manhã deste domingo (17), católicos de várias comunidades da diocese de Paranaguá estiveram no Ponto de Embarque para a Ilha do Mel, onde os barqueiros levaram às pessoas à Ilha da Cotinga. Muitas delas aguardavam na fila para pegar o barco com destino à esse local onde foi realizada a Santa Missa celebrada por Dom Edmar Peron e Padre Binu Joseph nas ruínas abandonadas da Igreja Nossa Senhora das Mercês. Os barcos iam e voltavam ao local enquanto havia um grande número de devotos ou debaixo de um sol escaldante esperando a sua vez. A Guarda Civil Municipal esteve acompanhando a saída dos barcos onde não houve nenhum problema, tranquilidade absoluta. A viagem foi rápida, menos de 20 minutos, os barcos estiveram lotados e muitos resolveram ir de caiaques. Chegando lá, a maior dificuldade foram os degraus, são 365 que foram percorridos, alguns deles acabaram se soltando causando uma certa preocupação nas pessoas que observaram aquelas enormes pedras que estavam lisas. A comunidade da Paróquia de Nossa Senhora dos Navegantes organizadora desse evento, também foi a responsável pela limpeza do local que durante todo o ano fica abandonado, conforme um nativo da comunidade indígena que lamenta essa situação: "O mato toma conta, ninguém limpa, igreja lá do morro tá caindo, só pessoas da Ilha Valadares limparam o mato".  Esse morador é mais um dos que lamentam o abandono deste que poderia ser um ponto turístico, a Fundação Municipal de Turismo perde a chance de atrair turistas para o local, ganhariam os barqueiros, ganhariam os turistas e iriam ganhar os índios que teriam a sua cultura valorizada e seus produtos consumidos por todos aqueles que estivessem naquela ilha. O que vemos hoje é uma igreja em ruínas, praticamente abandonada e só é lembrada quando a comunidade católica realiza eventos desta padroeira. Sinceramente não sei o que dizer deste descaso, desta inércia, cadê os "tantos projetos" senhor prefeito, senhor presidente da FUMTUR? Passaram-se quatro anos e nada mudou nesta ilha que assim como outras poderiam ser um atrativo à muitos turistas. O abandono já é observado não só nas ilhas, mas em toda a cidade, na Rua da Praia, Praças dos Leões e Fernando Amaro, Praça da Paz, Casarios, Estação Ferroviárias, etc, se for citá-los, não há espaço. O que sei é que nossa cidade passa uma imagem de total descaso, abandono com a sua história, o que falta mesmo são pessoas com ideias, preparadas para dar uma resposta à altura, já que são alvo de questionamentos. Fico imaginando que essa  Ilha da Cotinga poderia, pode e oferecer um excelente espaço para muitos realizarem o seu churrasco, o seu almoço em família, a sua confraternização, agora imagine você no final de semana às pessoas estando alí, conhecendo a igreja no topo do morro,  onde fosse realizada uma revitalização daquela escadaria (hoje um perigo para quem sobe até a igreja), visita à aldeia dos índios, seria sem dúvida um programa e tanto, mas parece que isso se torna impossível para quem ocupa um cargo que poucas ações se vê. O prefeito poderia ver isso, mas acho que é tarde demais, infelizmente temos que conviver com certas barreiras e falta de ação. Mas voltando a falar sobre o evento, foi sem dúvida belíssimo, mais de 500 pessoas estiveram na ilha, muitas pessoas subiram os degraus e foram ao local onde fica localizado a Igreja abandonada, em ruínas de Nossa Senhora das Mercês.Em seguida os 365 degraus foram descidos, as pessoas ficaram na fila para comprar o seu ingresso para saborear um delicioso churrasco, delicioso almoço, houve em seguida aquele descanso e logo após muitos foram conhecer a aldeia indígena. Foi um dia especial, parabéns à todos que estiveram vivenciando esse momento e mais ainda à todos que trabalharam incansavelmente para que tudo ocorresse da melhor maneira possível. Que Deus abençoe a todos!

Fotos e texto: Edye Venancio