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Estado define como “ação exitosa” combate à dengue em Paranaguá

O esforço de Paranaguá para combater o mosquito transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya desde janeiro deste ano foi motivo de reconhecimento por parte da superintendente de Vigilância em Saúde Cleide de Oliveira, da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa). Segundo ela, a cidade teve uma “ação exitosa” no enfrentamento ao mosquito Aedes Aegypti e a união de esforços, que teve a Prefeitura de Paranaguá, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, Forças Armadas e o próprio Governo do Estado, servirá como exemplo para o Paraná inteiro. 

A afirmação de Cleide de Oliveira foi realizada durante entrevista coletiva para a imprensa, no início da tarde desta quinta-feira (9), na sala de reuniões do Palácio São José. Participaram do evento, o prefeito Edison Kersten, representando o Exército, o coronel Perezino, a Marinha (Capitania dos Portos), o capitão de Corveta Alessandro Aramburu, além da diretora da 1.ª Regional de Saúde, Ilda Nagafuti, a secretária municipal de Saúde, Sandra Machado, além de outros técnicos da área de saúde. Na oportunidade foram apresentados números que demonstram que nas últimas 5 semanas Paranaguá deixou de estar em epidemia para a doença, por registrar menos de 300 casos para um grupo de 100 mil habitantes. Na última semana foram apenas 24 pessoas confirmadas com a doença. 


“Esse exemplo de união fez com que a situação mudasse. Foi uma oportunidade de perceber que a saúde não caminha sozinha. Se meio ambiente e urbanismo não estivem juntos só vamos apagar incêndio. As Forças Armadas nos ajudaram nisso, a fechar esse ciclo”, completou Cleide, para quem, devido à essa experiência “tem que ficar claro que a responsabilidade é de cada um”. “Essa lição aprendida servirá para trabalhar no Estado inteiro e que possamos fazer o Paraná exemplo para o Brasil”. 


O prefeito Edison também destacou a importância das parcerias no combate ao mosquito Aedes Aegypti. E que os esforços envolveram não só a Secretaria Municipal de Saúde, mas outras várias pastas, assim como a Sesa, a 1.ª Regional de Saúde e outras regionais do Estado, além das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), que foram importantes “porque deram retaguarda junto à população e dão impacto pelo respeito e credibilidade que têm com a população”. 

Para o prefeito Edison o período de epidemia foi uma “aprendizagem enorme” para os profissionais da área de saúde, para a administração pública e também à população. 

“Essa foi a primeira vez que com dengue em Paranaguá. (…) Agora temos que evitar para não acontecer outras ações semelhantes. Aí a comunidade tem sua parcela de responsabilidade. Mais uma vez reforço que não podemos baixar a guarda, porque o verão está perto e até lá temos que continuar atentos, para que a dengue não venha a nos castigar novamente”, destacou o prefeito. 

MECANISMOS DE CONTROLE

Além de destacar as parcerias que puderam gerar o controle epidemiológico da dengue, na avaliação do prefeito Edison hoje a Secretaria Municipal de Saúde está preparada para dar resposta imediata, com equipes completas atuando em toda a cidade. Nos próximos 40 dias haverá treinamento das equipes, por parte da Sesa, para melhorar ainda mais a resposta para o combate ao Aedes Aegypti. 

O prefeito Edison lembrou ainda da contratação de empresa para criação de mosquitos geneticamente modificados, os chamados Aedes do bem, que não passam da fase de larva e nem chegam à fase adulta (alada), com objetivo de manter baixo o número de casos. 
“São medidas complementares. Temos que continuar estritamente vigilantes neste combate. Se formos eficazes e com o apoio da população vamos conseguir continuar controlando”, avalia o prefeito. 

O trabalho agora, na opinião da secretária municipal de Saúde, Sandra Machado, é “potencializar as pessoas, capacitando com apoio da Sesa, mitigando os erros para melhorar todos os processos de contenção, enfrentamento e combate à dengue”. 

Vale lembrar que o vetor está adaptado ao clima local e que seriam necessários três semanas com frio intenso, registrando temperaturas abaixo de 8 graus, para que houvesse o extermínio do Aedes Aegypti. 

Segundo Ilda Nagafuti, o governo do Estado tem compromisso com a questão da saúde e a equipe está buscando melhores condições à população de Paranaguá e do litoral. 

“Vamos continuar atentos e que nunca mais tenhamos uma situação tão complicada como a que registramos. E só lembrando que estamos trabalhando com a mudança de comportamento da população e isso é um processo longo”, destacou a diretora da 1.ª Regional de Saúde. 

Os representantes das Forças Armadas falaram que continuarão à disposição para ações futuras, “oferecendo à população o que tem de melhor, que é a generosidade”, conforme informou o coronel Perezino, do Exército. “Estamos à disposição. Desejamos que a população não seja atingida por uma situação tão grave novamente”, declarou o capitão de Corveta Alesandro Aramburu.

Fonte: PMP

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