No contexto do Jubileu dos Encarcerados, o Papa
Francisco celebrou neste domingo (06/11), na Basílica de São Pedro, a missa com
a presença de centenas de presidiários.
“A mensagem que a Palavra de Deus hoje nos passa é a da
esperança. Aquela esperança que não ilude”, disse o Pontífice em sua homilia.
“A esperança é um dom de
Deus. Devemos pedi-la. Ela está no fundo do coração de cada pessoa e de lá
ilumina o presente, frequentemente abalado e ofuscado por tantas situações que
trazem tristeza e dor. Temos que reforçar sempre mais as raízes da nossa
esperança”, recordou o Papa.
“Lá onde está uma pessoa
que errou, nesse lugar se faz ainda mais presente a misericórdia do Pai, para
suscitar arrependimento, perdão, reconciliação e paz”, auspiciou o Papa.
Hipocrisia inerte
“Digo a vocês: cada vez que
entro em uma prisão, me pergunto: ‘Por que eles e não eu?’. Todos temos a
possibilidade de errar: todos. Em um ou outro modo erramos. E esta hipocrisia
faz com que não se pense à possibilidade de mudar de vida, há pouca confiança
na reabilitação, na reinserção social”, desabafou o Papa.
E concluiu:
“A fé, mesmo que tão pequena
quanto um grão de mostarda, é capaz de mover montanhas. Quantas vezes a força
da fé permitiu pronunciar a palavra perdão em condições humanamente impossíveis!
Só a força de Deus, a misericórdia, pode curar certas feridas”.
Angelus
Ao meio-dia, no Angelus, o
Papa fez uma apelo “em favor do melhoramento das condições de vida nas prisões,
para que a dignidade dos detentos seja plenamente respeitada”.
“Além disso, desejo reiterar
a importância de refletir sobre a necessidade de uma justiça penal que não seja
exclusivamente punitiva, mas aberta à esperança e à prospectiva de reinserção
do réu na sociedade”.
Acordo de Paris
Francisco também recordou que
no último dia 4 entrou em vigor o Acordo climático de Paris e do início, nesta
segunda-feira, da conferência de Marrakesh.
“Este importante passo à
frente demonstra que a humanidade tem a capacidade de colaborar para a
preservação da criação, para colocar a economia a serviço das pessoas e para
construir a paz e a justiça”.
Fonte: http://br.radiovaticana.va/
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