Brasília/São Paulo – Com 44 votos, o Senado rejeitou nesta
quarta-feira manobra regimental para votar o texto que desfigurou o pacote
anticorrupção em regime de urgência.
O documento foi assinado por líderes do PMDB, PTC e PSD da Casa com a benção do presidente do Senado, Renan Calheiros. Objetivo era votar o texto aprovado pela Câmara dos Deputados na madrugada de hoje sem análise de comissões especiais.
A
medida foi tomada horas depois que os procuradores da Lava Jato ameaçaram
renunciar às investigações caso o trecho que versa sobre abuso de autoridade
fosse sancionado pela Presidência.
Eles
se referem à emenda apresentada pelo líder do PDT na Câmara, Weverton Rocha, ao
projeto de lei com medidas contra a corrupção. Segundo o texto, juízes e
membros do Ministério Público podem responder por crimes de abuso de
autoridade, caso atuem segundo motivação político-partidária ou concedam
entrevistas sobre processos pendentes de julgamento.
Mais
cedo, Renan disse que o trâmite do projeto de lei seria normal, mas mudou de
ideia após coletiva da Lava Jato. Vale lembrar que o presidente do Senado é um
dos investigados da operação.
Durante
a sessão, vários senadores protestaram contra a medida. Os senadores
Ricardo Ferraço (PSDB-ES) e Cristovam Buarque (PPS-DF) chegaram a
acusar presidente da Casa de cometer abuso de autoridade ao impor a
proposta. A decisão foi comemorada pelos senadores.
Fonte: MSN
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