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Presidente do Sindiamarradores criticou a maneira como o Porto de Paranaguá trata a sua classe usando de "política suja"

Ao ser convidado a usar a Tribuna Livre da Câmara de Vereadores na noite desta quinta-feira (30), Erick Fabiano Elias, presidente do Sindiamarradores agradeceu a todos que participaram da caminhada da Martini Meat a praça Fernando amaro. "É uma pena que nós tehamos que chamar a atenção das autoridades através de mobilizações como essa, mas faz parte. O movimento sindical em Paranaguá estava adormecido e foram vocês do Sindicato dos Amarradores que reacenderam a chama dentro da Estiva, Arrumadores, Ensacadores, Bloco e todos os sindicatos que fazem parte da orla marítima e aqueles que também não fazem parte em Paranaguá. Espero que tenha surgido efeito porque a nossa parte nós fizemos e se for preciso nós vamos paralizar novamente"
O sindicado dos Amarradores foi fundado no dia 30 de setembro de 2003 trabalhando na atracação e desatracação de navios no porto. Erick lamentou a forma como o sindicato foi tratado desde a sua fundação: "É bem verdade que o nosso sindicato não foi cuidado da maneira que deveria, pessoas se utilizaram do sindicato para conseguirem benefícios próprios e se esqueceram do trabalhador, esqueceram da classe, mas eis que a pouco mais de um ano a justiça determinou que esses diretores fossem afastados e que fosse realizado uma nova eleição, a primeira eleição de forma democrática do Sindicado dos Amarradores do Porto de Paranaguá e nessa eleição a nossa chapa saiu vitoriosa com mais de 90% dos votos, foi uma vitória, a revolução que nós conseguimos implantar em nosso sindicato"Após herdar uma enorme dívida, a atual gestão procurou saldá-la e hoje possui todas as certidões necessárias para poderem atuar no cais do porto desempenhando as suas atividades.

 "Só que isso não está sendo suficiente porque o Porto de Paranaguá através do senhor Luiz Henrique Tessutti Dividino (Diretor-presidente da Appa), ele tem usado da política suja para tirar o trabalho que por lei é nosso". Atualmente o sindicato contra com 700 trabalhadores e de acordo com ele todos os documentos pedidos pelo porto foram adquiridos e foram gastos pela aquisição dessa documentação R$ 50.000,00. "Nós fizemos, atendendo a ordem de serviço 143 que o porto nos passou, fez com que buscássemos documentos que até então nenhum outro sindicato foi obrigado a apresentar no porto, mesmo assim nós conseguimos apresentar toda essa documentação. Nós gastamos mais de 50 mil reais para conseguir os documentos que o Porto de Paranaguá pediu e quando nós levamos essa documentação no porto eles simplesmente nos barraram. Gente tem pessoas que vivem da amarração aqui, tem pai de família que está passando aperto em casa, que ficou com a luz desde o fim de ano cortada, que não tem o leite para colocar em
sua mesa. Eu acho impossível senhores vereadores, população, que o porto de Paranaguá tenha um pensamento tão repugnante que possa ir contra 700 pais de família que só querem trabalhar". O presidente do Sindicato dos Amarradores lamentou a forma como estão sendo tratados pelo porto e ficou triste por saber que mais uma vez estão encontrando dificuldades na confecção dos seus crachas para ter acesso ao local de trabalho: "A notícia foi de que o porto segurou nosso cadastramento novamente, que o porto não vai mais emitir os nossos crachás, porque eles viram que nós estamos pedindo a ajuda dos vereadores, porque eles viram que nós estamos nos mobilizando, porque eles viram que nós estamos fazendo os outros sindicatos comparem a nossa briga. Eu lhe pergunto população, vereadores, amarradores e ao Dividino, como que fica o trabalhador, vai passar fome? Nós estamos numa situação complicada, deplorável, nós precisamos trabalhar, não estamos pedindo cargo político, o Porto de Paranaguá ele nos cadastra e no outro dia ele nos tira o cadastramento, um dia ele nos dá o pão e noutro dia ele nos tira o arroz"

Ele lembrou também que mais de 90% cargos comissionados da APPA são de Curitiba e outras regiões e que o parnanguara que estudou, se preparou não tem essa oportunidade para trabalhar nesse local, que no porto são escolhidos a dedo os cargos e foi aplaudido por todos que se fizeram presentes a sessão. "Eu não sou nenhum vagabundo, eu não sou ninguém que vai pedir cargo para o senhor Dividino, eu só vim pedir a igualdade. Por que que empresas de apoio portuário que não estão legalizadas podem fazer serviço de atracação e nós não podemos? Agora o senhor Dividino tem que por a mão na consciência e saber que ele abriu precedente há 10 anos atrás quando nos deixou trabalhar. Nós estamos no cais público hoje, quer dizer, nós estávamos até o começo da tarde, eu não sei qual será o nosso futuro pessoal, eu estou aqui desesperado também, eu tenho família para sustentar assim como vocês e não estou vendo uma solução plausível para resolver a nossa situação". O vereador Marquinhos Roque, presidente da casa de leis, agradeceu a presença do representante dos trabalhadores que agradeceu ao espaço para poder explicar o que realmente está acontecendo entre a sua classe e o porto.


Fotos e texto: Edye Fernandes





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