A
Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) realizou, na última
quarta-feira (23), o primeiro simulado do Plano de Emergência Individual (PEI)
no Porto de Antonina. Na ocasião, a equipe da Appa levou menos de uma hora para
conter um acidente fictício com o vazamento de aproximadamente mil litros de
óleo diesel no mar.
De acordo com
o diretor-presidente da Appa, Lourenço Fregonese, o tempo de resposta no
simulado comprovou o preparo dos técnicos que atuam na área de emergências
ambientais. “É nesse momento que é colocado em avaliação o preparo dos agentes.
Nos últimos anos, temos investido em planejamento, segurança e capacitação dos
profissionais, medidas indispensáveis no setor portuário”, comentou.
Durante a
operação, a equipe dos portos do Paraná teve de demonstrar capacidade e
agilidade para contenção e recolhimento do líquido, proteção de áreas sensíveis
e atendimento à fauna petrolizada, combatendo as possíveis consequências que um
acidente dessa magnitude pode gerar. Toda a ação foi acompanhada por fiscais do
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama),
unidade Paraná, que contribuíram para a realização e avaliaram o desempenho da
equipe.
“Os simulados
servem como um exercício indispensável, para a escolha dos melhores caminhos e
correção de possíveis falhas. O que se percebeu, nessa situação, foi um tempo
rápido de resposta e uma série de melhorias e avanços, na comparação com outros
simulados já realizados pelo órgão em outros locais”, disse o responsável pelo
Núcleo de Emergências Ambientais do Ibama Paraná e analista ambiental, José
Joaquim Crachineski.
O SIMULADO –
Cerca de 30 pessoas da área ambiental da Appa participaram da ação, que
envolveu diferentes etapas, como a identificação do risco; o diagnóstico da
situação; a definição das medidas cabíveis; a resolução; e a comunicação
pública sobre o problema.
Conforme
previsão documental, bambolês foram usados na representação do óleo, por
guardar semelhança com a atuação do material na água. Para a operação, cinco
embarcações foram utilizadas, além de materiais como barreiras de contenção e
absorventes, recolhedor, tanque de armazenamento flutuante e itens para
tratamento da fauna.
Segundo o
diretor de Meio Ambiente da Appa, Bruno Guimarães, o resultado apontou o
preparo dos agentes para resolver possíveis ocorrências dessa natureza. “A
equipe agiu rápido e conseguiu, de maneira correta e tranquila, identificar a
intensidade do problema e propor a melhor solução. Por isso, o tempo de
resposta foi muito menor que o previsto no Plano, que, nesses casos, estabelece
a solução em até duas horas”, explicou.
PEI – O Plano
de Emergência Individual foi elaborado pela Appa em 2013, mas em Antonina
passou a ser feito em 2017. O documento aponta, detalhadamente, a estrutura dos
portos paranaenses, sua localização e as medidas de segurança e prevenção a
acidentes que devem ser tomadas, além de estabelecer um programa de preparo
para responder a acidentes de diferentes naturezas.
CPA – Como
forma de reforço às ações previstas no Plano, em 2016 foi inaugurado o Centro
de Prontidão Ambiental (CPA) da Appa, onde está instalada a Alpina Briggs –
empresa especializada no atendimento a emergências envolvendo hidrocarbonetos e
produtos químicos diversos, contratada pela Appa. No local, com rápido acesso à
água, atuam mais de 20 funcionários, mantendo a condição de alerta 24 por dia,
durante todo o ano.
Fonte: APPA